Goiás investe em energia renovável

 

Augusto Francisco da Silva é diretor Técnico e Comercial da Celg Geração e Transmissão formando em Engenharia Elétrica  pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Engenharia da Qualidade em nível MBS, Engenharia Elétrica e Eletrônica.

Canal: Qual a fonte de geração de energia renovável, com exceção de hidrelétricas, a Celg vai investir em Goiás?

Augusto: A Celg Geração e Transmissão (Celg GT) investirá em energia fotovoltaica, que é a energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade.

Canal: Quanto será investido?

Serão investidos aproximadamente R$ 150 milhões.

Canal: Quais a novidades da Celg GT neste campo?

Em matéria de fotovoltaica, não estamos vivenciando avanços significativos, pois a tecnologia está relativamente madura, mas é claro que há espaços para avanços.

Canal: A energia solar vem recebendo amplamente apoio do Governo de Goiás. Quais os planos com esta fonte de energia?

Em fevereiro, o Estado de lançou o Programa Goiás Solar – um pacote de políticas públicas e adoção de medidas que irão valorizar o uso dos recursos naturais do estado, visando, com isso, garantir melhor qualidade de vida à população e um crescimento sustentável da economia goiana.

Existem pelo menos duas assertivas neste campo: primeiro, que a energia solar é a energia do futuro; a outra é que o futuro da geração de energia é distribuída.

Canal: Goiás vai ganhar parques solares? Se sim, onde e qual a previsão de inauguração?

Podemos afirmar que a primeira planta de geração solar da Celg GT será localizada em nossa Subestação Planalto, localizada no município de Morrinhos, na região sul de Goiás.

A nova estação deverá entrar em operação em, no máximo, um ano, a depender do equilíbrio econômico e financeiro do empreendimento que está sendo estruturado em parceria.

A Usina de Morrinhos será gerida pela Planalto Solar Park, detentora de 51% das ações. A empresa japonesa Kyocera Brasil será a fornecedora das placas para a produção da energia solar, enquanto a Celg GT – cuja participação acionária será de 49% – ficará responsável pelo financiamento do empreendimento.

Canal: Outra energia renovável, com a exceção da energia solar, será beneficiada em Goiás?

Temos manifestado que não podemos  desprezar nenhuma fonte de energia, principalmente em se tratando de energia limpa.

Canal: Goiás já tem a segurança energética? As fontes renováveis podem ser o caminho?

Quando consideramos o Sistema Interligado Nacional (SIN), do qual as instalações da Celg GT fazem parte, tratamos da segurança energética do País, não há como considerar um Estado em separado, mas toda a nação.

Se considerarmos as usinas hidrelétricas localizadas em divisas do Estado,  por exemplo, a do Rio Paranaíba, Goiás se coloca como exportador de energia. Porém, o Estado abriga também usinas térmicas a combustível fóssil – que não funcionam a base de energias renováveis –  as quais contribuem para a segurança energética do SIN.

Canal: Como o senhor vê a situação do país?

O Brasil precisa definir a composição desejada da matriz energética, privilegiando aquelas limpas. Os leilões de compra de energia no ambiente regulado por fonte podem contribuir para uma composição mais limpa.

Uma alternativa para tornar a energia limpa mais competitiva seria pagar uma parte do custo desta energia com uma parcela do custo da energia suja que a limpa substitui.

 

Cejane Pupulin-Canal-Jornal da Bioenergia

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