Renovabio deve trazer maior previsibilidade e mais investimentos privados

O economista Plínio Nastari, presidente da Consultoria Datagro, representante da sociedade civil no Conselho Nacional de Políticas Energéticas (CNPE) voltou a defender que o Programa Renovabio, atualmente em discussão no Ministério de Minas e Energia e no governo federal como um todo, é uma das maiores alternativas para que o setor bioenergético tenha maior previsibilidade sobre o futuro dos biocombustíveis, atraindo, com isso, investimentos privados, tão necessários para a sustentabilidade do setor.

Em entrevista exclusiva à Agência UDOP de Notícias, Plínio Nastari destacou que o Renovabio é uma política de Estado, que visa o estabelecimento de um novo conceito que reafirmará o posicionamento brasileiro na área de energias renováveis.

“O Renovabio estrutura-se em dois pilares principais: a indução de ganhos de eficiência energética na produção e no uso de biocombustíveis em motores, e o reconhecimento da capacidade de cada biocombustível contribuir para as metas de descarbonização de nossa matriz energética”, destacou Nastari, que na próxima quinta-feira (8) participa, em Brasília, de reunião plenária do CNPE que deve definir os próximos passos para a implementação do programa.

Na visão do economista, os Biocombustiveis não se contrapõem aos combustíveis tradicionais derivados de petróleo e gás natural. “A sociedade precisa compreender que com o Renovabio pretende-se criar uma referência que sirva como farol para o estabelecimento de um mercado para os biocombustíveis, o que não foi feito até hoje. Essa demanda é muito importante, pois sem ela não há previsibilidade, e sem previsibilidade os investimentos privados, tão necessários, não se materializam”, destaca Nastari.

Para Plínio Nastari o setor como um todo tem se unido na defesa da aprovação do Renovabio. “Precisamos agora que outros segmentos da sociedade também reconheçam que o programa deve gerar condições regulatórias estáveis que darão sustentação a toda uma cadeia de produção e comercialização, e a um futuro mais limpo”, finaliza.

 

 

Agência Udop

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