No mês de agosto, a geração de energia eólica foi responsável por 10% de energia da matriz elétrica brasileira, com 5.825 MWmédios. É a primeira vez que a fonte atinge os dois dígitos de representação na matriz. Os dados são da CCEE e constam do boletim de “Dados Mensais ABEEólica” de outubro de 2017, que apresenta dados consolidados pela ABEEólica e infos da contabilização da CCEE.
“Estamos em plena safra do vento, batendo recordes notáveis de geração. Este dado nacional representa um novo patamar para o setor. E se formos avaliar regionalmente, temos algo muito importante acontecendo no Nordeste, onde estamos atendendo acima de 60% da carga em vários dias, um resultado que está salvando a região em tempos de reservatórios baixos. Além do fato de estarmos passando um momento de seca, é necessário entender que eólica e hidrelétrica têm ciclos diferentes e se complementam, já que em tempos de mais chuvas, temos menos ventos e vice-versa. A inclusão de mais eólicas na matriz aumenta, portanto, a segurança do sistema, especialmente considerando que as ferramentas para trabalhar com a variabilidade natural da fonte eólica evoluíram muito nos últimos anos e hoje o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) atua com altíssima previsibilidade em relação à geração eólica. Este cenário nos mostra que a eólica é uma fonte madura, segura e pronta para se expandir ainda mais na matriz”, explica Elbia Gannoum, Presidente executiva da ABEEólica.
Os dados mensais da ABEEólica também mostram que o Brasil chega a outubro com 12,33 GW de capacidade instalada de energia eólica, em 491 parques eólicos. Em construção e contratados, há 5,12 GW em outros 228 parques que estarão prontos até 2020.
O balanço mensal contém atualização sobre a divisão da matriz elétrica, geração das diversas fontes, gráficos com informações sobre capacidade instalada e em instalação nos diferentes estados, dados de geração e fator de capacidade, além dos valores de emissão de CO₂ evitados pela fonte eólica.
Abeeólica