Nos últimos meses observamos nas redes sociais, imprensa informações sobre a possível configuração do fenômeno La Niña para o ano de 2017/18, porém muitas destas informações de forma equivocada.
Este fenômeno impacta diretamente no planejamento de diversos tipos de segmentos, e também o agrícola. Desta forma este texto tem o objetivo de explicar um pouco melhor como funciona o fenômeno e o seu comportamento para os próximos meses.
De acordo com a literatura especializada o fenômeno La Niña possui uma frequência de ocorrência de 2 a 7 anos e está totalmente relacionado com a intensificação dos ventos alísios na região equatorial. Essa intensificação dos ventos causa anomalias negativas na temperatura da superfície do mar (TSM) sobre o oceano Pacífico Equatorial Central e Leste, de modo que sua interação com a atmosfera influencia na mudança do regime de chuva e da temperatura em diversas regiões do globo terrestre, inclusive no Brasil.
Em anos de La Niña, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro tornam-se mais chuvosos no Nordeste do Brasil, e mais frios na Região Sudeste o que pode atrapalhar ou beneficiar os produtores destas regiões. Durante os meses de junho, julho e agosto a Região Sul se torna mais seca e as chuvas mais frequentes e intensas no extremo norte da Amazônia e Norte da América do Sul.
Atualmente, estamos observando um Pacifico mais frio e se este cenário continuar ocorrendo à expectativa é de que os produtores enfrentem um verão mais chuvoso no Nordeste e mais frio na Região Sudeste.
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