A sustentabilidade vem ganhando escala nas estratégias de negócios das grandes empresas. Compensar e/ou reduzir as emissões geradas principalmente pelo uso de fontes de energia fóssil são práticas cada vez mais valorizadas por agregar valor aos produtos. No início de dezembro, a Trouw Nutrition, divisão brasileira de uma das líderes globais no ramo de nutrição animal, a Nutreco, adotou o etanol como combustível oficial em 160 veículos da sua frota corporativa no País.
“Trata-se de uma oportunidade de utilizar os veículos e nossos colaboradores como fontes de informação sobre os benefícios do etanol, capaz de reduzir as emissões de CO2 em até 90% se comparado à gasolina. Nossa iniciativa ressalta a viabilidade ambiental e econômica deste combustível renovável”, afirma Michael Pires, gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Trouw Nutrition.
No Brasil, a frota da companhia percorre aproximadamente 5,7 milhões de quilômetros por ano. Com a nova política em favor do etanol, 430 mil litros de gasolina serão substituídos pelo biocombustível de cana, o que evitará a emissão de 1.000 toneladas de gases de efeito estufa por ano. Segundo a Trouw Nutrition, seriam necessárias 6.325 árvores para se gerar o mesmo benefício ambiental.
Atualmente, a multinacional emprega mais de 10 mil colaboradores no mundo e está presente em 30 países. No Brasil, é fruto da aquisição da Fri-Ribe, Bellman, Fatec e BRNova, que juntas formaram uma das maiores empresas de nutrição animal do País, com aproximadamente 1.000 funcionários e seis fábricas.
Carbonômetro
De março de 2003 a outubro de 2017, o uso do etanol anidro (misturado em 27% à gasolina) e do hidratado (uso direto na bomba) em carros flex brasileiros, que hoje dominam 73% do mercado de veículos leves, evitou que mais de 528 milhões de toneladas de CO2 fossem despejadas na atmosfera. Segundo o “Carbonômetro”, ferramenta online desenvolvida pela UNICA e disponível em www.etanolverde.com.br, esta quantidade de carbono mitigada equivale ao que seria captado por mais de 3 bilhões de árvores ao longo de 20 anos. A metodologia de cálculo é a mesma adotada pela Fundação SOS mata Atlântica.
São 19 montadoras produzindo carros flex no Brasil: Audi, BMW, Mercedes-Benz, GM, Fiat, Volkswagen, Ford, Hyundai, Citroën, Honda, Kia, Toyota, Mitsubishi, Nissan, Peugeot, Renault, JAC, Jeep e Chery.
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