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Venda direta de etanol aos postos tem consenso no governo, diz ministra

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que estão avançados os estudos sobre a liberação de venda direta de etanol das usinas os postos de combustível e que o governo deve definir a questão em breve. E sinalizou que há um consenso no governo de permitir em breve esse tipo de comercialização. Ela concedeu uma entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (17/6).

“Será aberto em breve. Já existe um consenso de se fazer a distribuição direta da usina para os postos e isso está andando rapidamente. A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) está estudando. Deve ter um resultado positivo em breve para simplificar e ter menos custo para distribuição”, disse ela, na entrevista, que teve a participação do diretor de Redação da Globo Rural, Bruno Blecher.

Tereza Cristina defendeu que o etanol deve ter uma política de longo prazo no Brasil, que seja entendida como uma ação de estado, não de governo. E acrescentou que o programa nacional para o biocombustível está sendo aperfeiçoado.

“O Brasil tem um programa com o etanol. Acho que as coisas estão se aperfeiçoando. E com os Estados Unidos produzindo esse tanto de etanol de milho, pode ser que a gente consiga fazer o etanol uma grande commodity. Quando o Brasil ficou isolado, eu acho que foi um dos pontos pelo qual o etanol não caminhou”, afirmou.

Assuntos fundiários

Tereza Cristina foi questionada também sobre a situação da reforma agrária no Brasil. Segundo ela, cerca de 88 milhões de hectares foram utilizados para assentamentos no país. Mais de um milhão de famílias foram beneficiadas com lotes de terra, mas uma proporção inferior a 15% dos assentamentos são economicamente produtivos por falta de infraestrutura.

A ministra informou ainda que o governo está fazendo um levantamento da situação dos assentamentos no país e estimou que há cerca de 200 mil lotes de terra que estão vazios ou desocupados e que precisam ser novamente ocupados. Ela defendeu que os assentados da reforma agrária recebam o título de posse da terra.

“Tem que fazer um reordenamento e fazer isso dar certo. Tem que dar o título a quem tem direito. Quem está lá, que mora naquele lote, produz alguma coisa mesmo que seja para a subsistência, ele precisa ganhar o título para decidir o que fazer”, disse.

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Tereza Cristina se disse a favor da liberação de venda de terras para estrangeiros. Com exceção da Amazônia, que deve ser beneficiada por políticas que promovam o desenvolvimento e reduzam a pobreza na região. Nas outras regiões do Brasil, ela acredita que esse processo deva ser amadurecido.

“Tem que amadurecer e tem que acontecer. Vai trazer benefícios para várias áreas e segmentos. O setor de cana-de-açúcar é um que será altamente beneficiado, setor da celulose também. O próprio produtor de grãos pode ter como garantir a sua terra, que hoje, para determinados fundos estrangeiros, você  não tem como dar garantias”, analisou.

Ela também se mostrou favorável à concessão de posse de armas no meio rural, para o homem do campo se defender. Segundo ela, é uma agenda do presidente Jair Bolsonaro endossada pelo setor agropecuário.  Globo Rural

 

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