A cada 24 horas, são instalados em telhados e pequenos terrenos sistemas solares fotovoltaicos suficientes para abastecer mais de 500 residências médias brasileiras. Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, a tecnologia adicionou, em média, mais de um megawatt diário na rede elétrica no primeiro semestre de 2019.
De acordo com o levantamento da entidade, a geração distribuída solar fotovoltaica praticamente dobrou de tamanho entre janeiro e julho deste ano em comparação com todo o histórico anteriormente instalado no País. A modalidade saltou de 50 mil sistemas até o final de 2018 para cerca de 100 mil conexões até julho de 2019. Atualmente, mais de 108 mil unidades consumidoras já utilizam a fonte solar fotovoltaica para seu suprimento elétrico.
Os investimentos acumulados em projetos de geração distribuída solar fotovoltaica já somam mais de R$ 5,2 bilhões no País desde 2012. Para o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, embora a geração distribuída solar fotovoltaica viva um crescimento importante no País, o mercado brasileiro ainda é muito pequeno e se encontra em fase de desenvolvimento. “O Brasil está 15 anos atrasado em comparação com os países desenvolvidos na área da energia solar fotovoltaica. A tecnologia atende menos de 0,13% das unidades consumidoras de energia elétrica do País, que correspondem a um total de mais de 84 milhões de consumidores faturados pelas distribuidoras”, comenta.
Segundo o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o avanço da energia solar fotovoltaica é uma tendência mundial e o País possui um potencial imenso ainda a ser explorado. “Segundo dados oficiais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), aproveitando apenas os telhados de domicílios brasileiros para gerar energia elétrica a partir do sol, a eletricidade produzida seria suficiente para abastecer em mais de duas vezes toda a demanda das residências do Brasil”, conclui. Absolar