A expansão da energia solar fotovoltaica no Brasil tem impulsionado a oferta de cursos profissionalizantes e de especialização em todo o território nacional. Já são mais de 100 programas de treinamentos e qualificação profissional, voltados para atender as demandas do setor. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o setor já proporcionou mais de 72 mil novas vagas de trabalho em áreas como instalação, engenharia, projetos e fabricação, além das demais áreas funcionais de empresas, como administrativo, financeiro, contábil, vendas, logística, jurídico, entre outras.
De acordo com a entidade, a crescente adesão dos consumidores brasileiros à geração distribuída solar fotovoltaica, que dobrou de tamanho em apenas um semestre, saltando de cerca de 50 mil sistemas no final de 2018 para 100 mil instalações em junho deste ano, é vista como uma oportunidade de negócios para muitas empresas e uma importante fonte de renda para trabalhadores, já que os investimentos acumulados no País nesta modalidade superam R$ 5,2 bilhões de 2012 para cá.
Segundo levantamento no setor, há no País mais de 100 programas de treinamentos e qualificação para atender as novas exigências no segmento. No Senai, a procura por cursos de formação em energias renováveis cresceu cerca de seis vezes no primeiro semestre de 2019. A instituição recebeu quase 21 mil matrículas no período, ante 3,5 mil inscrições no ano de 2018. Além do Senai, diversas empresas especializadas em formação e capacitação profissional oferecem cursos em diversas áreas do setor solar fotovoltaico.
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a energia solar fotovoltaica é uma oportunidade de redução de custos aliada à sustentabilidade, disponível tanto para residências, quanto para empresas e governos, capaz de gerar milhares de novos postos de trabalho ao País. “Com avanços na preparação e qualificação dos profissionais do setor, trabalhamos para fortalecer a segurança, o desempenho e a durabilidade dos sistemas solares fotovoltaicos, ampliando a competitividade das empresas, em linha com as expectativas dos consumidores”, esclarece.
Já o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, lembra que trabalhadores fotovoltaicos experientes não estão disponíveis em todos os mercados ou áreas geográficas do País, havendo uma demanda elevada no setor por mais profissionais capacitados. “Por isso, as qualificações de profissionais vendedores, projetistas, instaladores e inspetores de comissionamento são estratégicas para o setor. É necessário um processo de capacitação contínua, que traga excelência nas áreas técnicas e comerciais. Há diversos cursos disponíveis no País, porém de qualidade bastante diferente”, comenta.
O Coordenador da Força Tarefa de Formação e Capacitação Profissional da ABSOLAR, Siqueira Neto, ressalta que a experiência de trabalho também reduz riscos de problemas na instalação, dado que os sistemas solares fotovoltaicos são complexos, com componentes elétricos e mecânicos, demandando conhecimentos específicos. “Antes de qualquer instalação, as estruturas dos telhados devem ser avaliadas, em alguns casos com a emissão de laudos técnicos, e a infraestrutura elétrica deverá passar por inspeção prévia”, explica. Absolar