O volume de Créditos de Descarbonização – CBIOs comprados por distribuidoras para cumprimento de suas metas de descarbonização estabelecidas no âmbito no RenovaBio chegou a 5,7 milhões, segundo levantamento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). Cada título equivale a uma tonelada de dióxido de carbono que deixou de ser emitida na atmosfera, o que significa que houve a compensação de quase 6 milhões de toneladas de CO2 de abril até agora.
“A pandemia tornou ainda mais evidente a urgência de adotarmos ações concretas para reduzir emissões e evitar as mudanças climáticas. O início da operacionalização do RenovaBio este ano se fez ainda mais pertinente e possibilita que ampliemos a sustentabilidade da nossa matriz de transportes”, avalia Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar.
A Política Nacional de Biocombustíveis – RenovaBio, que entrou em vigor em dezembro de 2019, foi desenhada para atingir parte das metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) estipuladas pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris. O programa compara a pegada de carbono dos diferentes biocombustíveis em seu ciclo de vida (da produção à queima no veículo) para mensurar a redução de emissões proporcionada frente à alternativa fóssil e estabelece metas decenais de descarbonização, que são cumpridas com o aumento do uso de combustíveis renováveis e a comercialização de CBIOs.
A meta compulsória para a parte obrigada, composta por distribuidoras que comercializam combustíveis fósseis, é de 14,5 milhões de CBIOs para 2020 e já estão disponíveis no mercado cerca de 12 milhões de títulos para o cumprimento do programa. Até o fim do ano, o volume de CBIOs ofertado no mercado será capaz de atender não só as metas do RenovaBio como também pessoas físicas e jurídicas que queiram compensar emissões de GEE de suas atividades. Unica