*Por Felipe Souto
É notório que cada vez mais tem aumentado a procura por investimentos alternativos rentáveis no Brasil. E o setor de energia é um bom exemplo disso por oferecer produtos com grande potencial de retorno e com juros baixos. Para se ter uma ideia, desde 2012 o número médio de instalações de sistemas solares tem tido um forte crescimento potencializado pelas oportunidades do mercado, inflação e as altas taxas.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Abolar), a geração de energia solar nos últimos 12 meses triplicou aqui no Brasil. Estima-se que nos próximos 10 anos haverá uma queda de 30% nos preços da energia solar produzida em usinas fotovoltaicas e até o ano de 2050, mais 30% de redução. Atualmente, temos 255 mil sistemas fotovoltaicos em funcionamento para mais de 300 mil unidades consumidoras.
O investimento direto em energia sempre fez parte do portfólio de grandes investidores, empresas e de famílias de maior renda. Muitos são proprietários de parques eólicos gigantescos, usinas termelétricas, parques solares e centrais hidroelétricas. A rentabilidade do investimento nesse segmento pode ir mais além, pois se analisarmos o mercado financeiro atual com os produtos disponíveis, a energia solar se mostra como uma ótima oportunidade e com a melhor rentabilidade.
Além disso, a tecnologia e a regulamentação da CVM acerca dos investimentos coletivos têm contribuído (e muito) para esse crescimento, principalmente porque é possível encontrar no mercado plataformas especializadas nesse tipo de negócio e que têm como missão democratizar o acesso aos investimentos alternativos de forma 100% online e desbancarizado. Isso possibilita que mais investidores que desejam ter uma rentabilidade diversificada – lastreado a economia real – com empreendedores que buscam acesso ao mercado de capital mundo afora, possam imergir nesse segmento e ainda construir a sua própria usina solar.
Vale lembrar que existem diversos fatores que podem influenciar o desempenho de ativos, e isso ocorre também no segmento energético. Porém, esse em especial, carrega um grande diferencial que se elimina o risco de performance. O mercado de energia limpa vem se destacando como um dos mais promissores da economia, isso porque é considerado o que proporciona mais autonomia e segurança para o consumidor, além de ter sinergia com diversas pessoas que possuem valores e critérios éticos com questões ambientais, sociais e de governança (ESG), quesitos esses que fazem aumentar o interesse por iniciativas e projetos com essa consciência.
Por fim, reforço que os investimentos em energia solar estão longe de ser algo barato, porém o retorno existe, geralmente a longo prazo. No mundo atual, esse tipo de investimento veio para ficar, seja para pequenos empresários, pessoas comuns e até grandes grupos. Acredito ser um grande potencial de negócio com projetos sólidos e mais confiáveis, que ao mesmo tempo oferece uma economia sem necessariamente precisar se descapitalizar, passando a fazer parte da distribuição de energia mais barata para a sociedade e que visa um bem maior.
*Felipe Souto é CEO da Bloxs Investimentos, plataforma pioneira em investimentos alternativos no Brasil