Energia solar para a retomada da economia

A energia solar deve gerar em 2021cerca de 147 mil novos empregos em todas as regiões. A projeção é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).  A geração de emprego representa mais renda para a população e uma maior atividade da economia.

A maior parcela destes postos de trabalho, de acordo com a Associação será advinda do segmento de geração distribuída, que serão responsáveis por mais de 118 mil empregos neste ano. Dos R$ 22,6 bilhões de investimentos previstos para este ano, a geração distribuída corresponderá a cerca de R$ 17,2 bilhões. Desde 2012, a fonte trouxe mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos para o Brasil, gerando mais de 240 mil empregos acumulados.

A recuperação

O segmento é  considerado estratégico para acelerar a retomada econômica sustentável do Brasil, fortalecendo a concorrência e a sustentabilidade do país. “A energia solar fotovoltaica reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País”, ressalta o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk.

Por isso, a ABSOLAR espera que sejam adicionados neste ano mais de 4,9 gigawatts (GW) de potência instalada, que representará um crescimento de mais de 68% sobre a capacidade instalada atual, hoje  8 GW. As perspectivas para o setor são de chegar ao final de 2021 com um total acumulado de mais de 377 mil empregos no Brasil desde 2012, distribuídos entre todos os elos produtivos do setor.

Bons resultados

O ano de 2020 foi bem complicado em todos os setores da economia, porém apenas no ano passado, a tecnologia atraiu mais de R$ 13 bilhões em investimentos, representando um acréscimo de 52% em relação aos investimentos acumulados. Além disso, este mercado proporcionou mais de R$ 3,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.

“Nas crises de 2015 e 2016, o PIB do Brasil foi inferior a -3,5% ao ano, mas o setor solar fotovoltaico cresceu mais de 100% ao ano. Com isso, ajudamos na recuperação do país. Agora, passada a fase mais aguda desta pandemia, a energia solar fotovoltaica irá novamente alavancar a recuperação do Brasil. A solar será parte da solução, tanto para a nossa sociedade, quanto para o meio ambiente”, acrescenta Koloszuk.

Números

A energia proveniente do sol tem dois segmentos: a centralizada, das grandes usinas, e a distribuída, proveniente de pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos. Ao somar a capacidade, a fonte solar fotovoltaica ocupa o sexto lugar na matriz elétrica brasileira, atrás das fontes hidrelétrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e outros combustíveis fósseis.

No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 3,1 gigawatts (GW) de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 1,7% da matriz elétrica. Atualmente, essas usinas são a sétima maior fonte de geração de energia  e estão presentem com empreendimentos em nove estados brasileiros.

No segmento de geração distribuída, são 4,9 gigawatts de potência instalada. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões distribuídas pelo território brasileiro. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 73,6% do total.

“O setor solar fotovoltaico trabalha para acelerar a expansão renovável da matriz elétrica brasileira, a preços competitivos. Somos a fonte renovável mais barata do Brasil e ajudaremos o país a crescer com cada vez mais competitividade e sustentabilidade”, aponta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.

Cejane Pupulin-Canal-Jornal da Bioenergia

 

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