O diretor de Biocombustíveis de Aviação da União Brasileia do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Pedro Scorza, participou do Seminário Nacional de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos, promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ele destacou o desafio da indústria de aviação em reduzir as emissões de gases do efeito estufa, e assim atender os acordos climáticos globais.
Após traçar um panorama sobre o impacto da pandemia no setor aéreo, Scorza apresentou os dados de um estudo produzido por 70 especialistas em que se fez um mapeamento das tecnologias que poderão ajudar a substituir as fontes de energia das aeronaves.
“Não tem solução para a redução das emissões em termos de energia até 2045 que não seja a substituição do querosene fóssil por um querosene de origem renovável ou por um combustível sustentável de aviação. Para voos com duração entre 1h e 2h30, em aeronaves de 100 a 250 assentos, talvez alguma coisa com hidrogênio no ano de 2050. Ou seja, em 30 anos a gente vai ter o mesmo mercado, a mesma rede de distribuição, e essa rede vai ter que conviver com uma alternativa ao querosene fóssil para alimentar as aeronaves”, explicou o diretor da Ubrabio.
Segundo Scorza, o futuro do setor passa por entender a previsão de crescimento do tráfego e pelo desenvolvimento tecnológico (aeronaves novas, renovação de frotas e combustível de aviação). “Os combustíveis sustentáveis de aviação terão um grande papel na redução das emissões. Um dia nossa indústria vai ter que ser carbono zero, e a gente tem que construir essa estrutura, essa solução para a gente chegar lá”, concluiu Scorza. Ubrabio