A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) criticou a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de reduzir a mistura do biodiesel ao diesel, de 13% para 10%. A entidade classifica a iniciativa como o “maior retrocesso já aplicado à Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio)”, que estabelecia em lei a aplicação de B13 desde março.
“A medida penaliza fortemente o setor, que a considera injustificada sob qualquer ponto de vista […] A Aprobio entende que essa condução é temerária em ambiente de tanta instabilidade e insegurança jurídica causada pela redução da mistura”, disse a Aprobio, em nota.
A Aprobio ainda alega que a redução não vai diminuir o custo do diesel nos postos, e que a falta de previsibilidade na política energética gera efeitos colaterais piores. “O verdadeiro custo da redução já está sendo percebido pelo consumidor brasileiro com a elevação nos preços das carnes, ovos e produtos lácteos em razão da redução da oferta de farelo de soja. Reduzir a mistura tem impacto direto no aumento da inflação”, acrescenta.
A associação afirma, também, que a decisão trará mais desemprego e compromete investimentos do setor, que tem capacidade para atender a um percentual de até 18% de mistura. Valor Econômico