A China deve continuar como principal mercado para o açúcar brasileiro, já que a demanda local deve se manter acima da produção doméstica do país asiático, destacou o chefe da divisão de açúcar da unidade nacional da Cofco, trading de origem chinesa, Maurício Sacramento, durante painel no “Santander DATAGRO Abertura de Safra de Cana, Açúcar e Etanol 2022/23”, na quarta-feira (9), em Ribeirão Preto (SP).
No mesmo painel, o diretor geral da Sucden Brasil, Jeremy Austin, analisou que a tendência de elevação do custo da energia na Europa, em razão, dos desdobramentos da guerra no Leste Europeu, podem impactar nas despesas da produção do açúcar na região, que é baseado no cultivo da beterraba. Além disso, segundo ele, a valorização de commodities como milho e trigo podem fazer com que produtores do velho continente troquem o plantio da beterraba pelo de grãos, numa espiral que favoreceria a competitividade do açúcar originário da cana nos mercados internacionais.
Por outro lado, o analista ressalvou que o custo logístico [frete marítimo], também em alta mundialmente, é um fator que joga contra o adoçante brasileiro. Datagro