Com foco em produtividade e sustentabilidade, empresa amplia uso de subprodutos do processamento da cana-de-açúcar para finalidades nutricionais das plantas
A alta no preço dos fertilizantes, agravada com a escassez em razão da guerra na Ucrânia, se tornou um grande desafio para o agronegócio. Ao mesmo tempo, porém, acelerou a busca por alternativas mais sustentáveis. Desde sua formação em dezembro de 2019, a BP Bunge Bioenergia adota práticas e soluções de gestão do campo que, além de melhorar a produtividade e a qualidade da cana-de-açúcar, têm contribuído para reduzir a dependência externa do adubo químico.
E é com foco em aproveitar e preencher toda capacidade produtiva de seus canaviais que a empresa tem investimentos consistentes em vinhaça, subproduto do processamento da cana-de-açúcar. Rico em cloreto de potássio, o uso desse resíduo na forma de aspersão ou aplicação localizada já está presente em 65% dos 300 mil hectares próprios. Na safra atual, a expectativa é de que 80% das lavouras recebam o composto líquido e, até 2025%, esteja presente em 95% dos canaviais.
“A vinhaça, utilizada como adubo organomineral, é parte estratégica do planejamento agrícola devido à sustentabilidade do produto, ganho em produtividade e menor custo”, diz Rogério Bremm, diretor Agrícola da BP Bunge Bioenergia. “Com a substituição do adubo químico, aumentamos a produtividade entre 3 e 10 toneladas por hectare, prolongamos a longevidade dos canaviais por dois anos e reduzimos em até 80% a quantidade de cloreto de potássio que adquirimos no mercado”.
Em outra frente, está a troca de fertilizantes fosfatados por meio da compostagem da torta de filtro (proveniente da filtração do caldo da cana) e das cinzas do bagaço (resultado da queima para geração de bioenergia), aplicada em 30% da área de plantio. A empresa estuda formas para racionalizar ao máximo essas fontes orgânicas, produzindo adubos organominerais a partir desses rejeitos.
Além das alternativas com base nos subprodutos retirados do processo industrial, a BP Bunge Bioenergia também está ampliando o uso de biofertilizantes. Um dos exemplos é o bioestimulante do tipo biofertilizante Azospirillum brasilense, bactéria que acelera o desenvolvimento da cana e que, além de aumentar o TCH (toneladas de açúcar por hectare), auxilia na economia de custos com fertilizantes nitrogenados.
“A cana é uma cultura fantástica e com grande potencial de uso sustentável, principalmente a partir de seus subprodutos”, ressalta Rogério Bremm. “A escala de preços dos adubos químicos nos incentiva a nos movimentarmos mais rápido, não só para reduzir custos financeiros, mas também seguir nosso propósito por uma operação cada vez mais limpa e sustentável”. (Assessoria de comunicação)