Em 2022, a energia solar se consolidou como a terceira fonte mais representativa da matriz brasileira – à frente das termelétricas movidas a gás natural e biomassa, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A tecnologia que transforma a luz do sol em energia elétrica representa 8,1% da matriz, atrás apenas da hídrica (53,9%) e da eólica (10,8%). A capacidade instalada de usinas fotovoltaicas no país chega a 16,4 gigawatts (GW).
O resultado já era esperado para o modelo de fornecimento de energia que tem se mantido em contínuo crescimento desde 2012, quando o consumidor passou a poder gerar a própria energia. Para o CEO da Solar Vale, companhia de referência em soluções para energia fotovoltaica em Santa Catarina, Thomas Henrique Knoch, uma soma de fatores tem contribuído para a popularização da energia solar. A começar pela redução na conta de luz.
“O descompasso entre a demanda e a geração de energia elétrica têm afetado cada vez mais o bolso do consumidor e deixado novas fontes de energia mais atrativas. Ao mesmo tempo em que a geração de energia limpa tem sido bastante incentivada, através de linhas de crédito facilitadas, ao ponto em que algumas permitem até que o consumidor possa trocar a conta de luz pela parcela do financiamento”, comenta o CEO.
Knoch destaca, ainda, que a recente aprovação do Marco Legal da Geração Distribuída tem impulsionado um aumento significativo da quantidade de consumidores em busca da aprovação de projetos para instalação de placas solares nas indústrias, comércios e residências: “Quem quer aproveitar a isenção das taxas previstas por mais 23 anos, tem até o dia 6 de janeiro para adotar esse modelo de energia. Essa notícia gerou uma verdadeira ‘corrida do ouro’ e acelerou bastante os negócios”.
As empresas do segmento vêm se preparando para atender a toda demanda que promete crescer cada vez mais. A Solar Vale, por exemplo, tem hoje o maior estoque de placas de energia solar de Santa Catarina, com mais de 10 mil módulos à pronta entrega, o que permite a realização de projetos com agilidade no atendimento aos clientes.
Segundo a Absolar, o Brasil é líder na América Latina na geração de energia solar, com grande potencial de crescimento para as próximas décadas. “É bom para o desenvolvimento econômico e proteção ambiental que as plataformas de energia limpa se popularizem. Quanto mais os brasileiros optarem por outras fontes, como a solar, maior é a diversificação dos modelos de fornecimento de energia elétrica, maior a preservação dos recursos hídricos e menor é o gasto”, comenta Knoch.
Ainda segundo dados da Absolar, a geração de energia solar já evitou a emissão de 23,6 milhões de toneladas de gás carbônico para a geração de eletricidade, desde 2012. No campo econômico, a entidade estima que o setor gerou mais de R$ 86 bilhões em investimentos. Além de R$ 22,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e cerca de meio milhão de empregos no acumulado da última década. Divulgação