Com queda do dólar, energia solar ficou mais barata

Com custos influenciados diretamente pela cotação do dólar, investir em uma usina solar nunca esteve tão barato em 2023. Grandes, médios e pequenos consumidores estão pagando em média 10% a menos para implantação devido à baixa do custo com equipamentos em comparação com os valores praticados durante todo o ano de 2022. Isso porque o dólar fechou o semestre com desvalorização de mais de 9%, fazendo cair os valores dos módulos e inversores fotovoltaicos, que, em sua maioria importados da China, são responsáveis por cerca de 40% do preço total de uma usina solar.

Além da queda do dólar, o decreto que zerou os impostos federais de componentes de painéis solares até 2026 também contribui para o cenário favorável, que vem deixando os empresários do ramo otimistas com as vendas. “A gente vê um cenário bastante promissor, porque, para além da variação cambial e dos incentivos fiscais, o movimento de pressão de preços por falta de insumos que tivemos nos últimos anos está em queda, não sendo mais um problema para o setor, que já consegue atender toda demanda”, considera a gerente de orçamentos da Yellot, Isabela Magalhães.

Para a especialista, depois da entrada em vigor do Marco Legal da Geração Distribuída em janeiro de 2023, este é o melhor momento para adquirir uma usina solar, levando em consideração a queda no preço da usina e as perspectivas de aumento médio de 5,6% na conta de energia este ano no Brasil, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Tudo isso favorece a viabilidade do investimento em energia solar. De acordo com Isabela, o retorno médio do investimento em uma usina fotovoltaica ocorre em três anos.

“O consumidor pode economizar até 95% na conta de energia, conforme potência instalada”, acrescenta. E quanto maior esta potência menor o preço pago por quilowatt de potência de pico (kWp). “Assim, uma usina residencial tem um custo médio de R$ 4.600 por kWp e uma usina de minigeração (maior que 75 kW), cerca de R$ 3800 reais por kWp”, explica.

Maior incidência solar
Outro ponto a favor do consumidor que deseja ter sua usina solar é que nos meses de julho e agosto em Goiás a incidência solar é ainda maior, já que são poucas as nuvens no céu. “São meses de produção acima da média de consumo do cliente, proporcionando geração de créditos a serem abatidos em meses de menor produção”, orienta a gerente de orçamentos. Goiás é o 9º estado que mais produz energia solar no Brasil. São quase 800 MW de potência instalada. Só em 2022, o número cresceu 61% em relação a 2021. Foram instalados 26.927 sistemas de energia fotovoltaica contra 16.724 do ano anterior. Divulgação

 

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