O ano de 2023 foi marcado por muitos investimentos na produção de combustíveis e energia renováveis, diante da necessidade cada vez maior de descarbonizar a matriz energética brasileira. Episódios de clima extremo em diversas regiões com atividades rurais, e seus impactos até devastadores em alguns casos, trouxeram luz para a discussão da transição energética e o papel do agronegócio neste processo. Decisões do governo federal também tiveram efeito relevante para os próximos passos deste mercado.
Tributação e o etanol
A indústria de etanol começou o ano com a notícia de que a desoneração de PIS/Cofins sobre a gasolina vinda de 2022 continuaria ao menos pelos primeiros meses de 2023. A recomposição de impostos ocorreu de maneira gradativa no primeiro semestre e as vendas de etanol só começaram a reagir no mercado interno em meados de agosto.
Vendas de etanol só começaram a reagir nos postos do mercado interno em meados de agosto — Foto: Globo Rural
Mistura do biodiesel
Governo federal decide elevar de 10% para 12% a proporção do biodiesel misturado ao diesel fóssil. O anúncio foi feito em março, em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Naquele momento, foi fixado um cronograma segundo o qual a mistura alcançaria 15% até 2026. Globo Rural