De acordo com os últimos levantamentos da CONAB e de consultorias do setor sucroenergético, a produtividade da cana-de-açúcar na safra que está em andamento deve ter uma redução de 8% na temporada, chegando a marca de 79,9 toneladas por hectare. Apesar do aumento da área plantada, a baixa precipitação levou a uma estimativa de moagem menor. Entre os fatores apontados, estão os baixos índices pluviométricos, aliados às altas temperaturas registradas na região Centro-Sul, que causaram perdas na produtividade, estimada em 79.079 quilos por hectare, 7,6% abaixo da obtida na safra anterior, que foi favorecida pelas boas condições climáticas.
De acordo com o relatório Radar Agro, a produção de açúcar na safra 2024/25 deve ser de 41,4 milhões de toneladas, uma queda de 2,5% em relação ao ano anterior. A produção de etanol de cana deve diminuir 9,7%, totalizando 24,7 bilhões de litros. O último levantamento da UNICA mostra que o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na segunda quinzena de maio atingiu 129,85 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 134,95 kg por tonelada na safra 2023/2024 – variação negativa de 3,78%. No acumulado da safra, o indicador marca 122,07 kg de ATR por tonelada (-1,92%).
Efeitos do clima no canavial
A quantidade e distribuição das chuvas ao longo do ciclo da cana influenciam diretamente o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Chuvas insuficientes podem levar à seca do solo, enquanto chuvas excessivas podem causar encharcamento e prejudicar as raízes. No caso da temperatura, o ideal para o cultivo da cana-de-açúcar varia entre 22°C e 30°C. Temperaturas muito baixas ou muito altas podem afetar negativamente o crescimento e a maturação da planta. Já baixa umidade pode levar à desidratação, enquanto alta umidade pode favorecer o desenvolvimento de doenças fúngicas.
Canal-Jornal da Bioenergia