Especializada em serviços de assessoria financeira, a Vertente, possui 08 anos de mercado e tem movimentado R$ 1 bilhão de reais a cada ano desde 2021, com empresas do Estado representando a maior parte do montante
Reduto do agronegócio nacional, representando R$ 97,4 bilhões da produção brasileira nesse setor, Goiás tem se destacado nos últimos anos em outras frentes até então dominadas pelos Estados do Sudeste. A entrada de empresas goianas no mercado de capitais tem chamado atenção e demonstrado que há atratividade de investimentos fora do eixo Rio-São Paulo.
Apesar da escassez de dados oficiais sobre o assunto, a projeção de Goiás se faz sentir em empresas como a Vertente, criada com o objetivo de assessorar empresas em processos de fusões e aquisições, bem como na captação de recursos no mercado de capitais e instituições financeiras no Centro-Oeste – e agora também em Santa Catarina.
“Nós temos feito R$ 1 bilhão em transações a cada ano, desde 2021. Desse total, Goiás representa cerca de 67,8% do volume de valores transacionados”, diz Cleiton Mendes, um dos sócios da empresa. Segundo ele, não só o Estado tem ganhado espaço, mas o Centro-Oeste como um todo. A região representa cerca de 77% do volume de transações que a Vertente assessora desde 2016. O Produto Interno Bruto (PIB) goiano cresceu 5,3% no terceiro trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O PIB nacional avançou 2% no mesmo período.
Cleiton explica que empresas goianas têm saído do anonimato e buscado o mercado financeiro para captação de recursos, para ancorar seus negócios. “As empresas maiores e mais estruturadas do agronegócio estão captando recursos via Certificado de Recebível do Agronegócio (CRA) e ao mesmo tempo houve um boom de desenvolvimento imobiliário, o que acabou por impulsionar a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), levando Goiás a ganhar protagonismo nessas áreas”, afirma.
O CRI foi a escolha da Habitat, empresa do setor imobiliário assessorada pela Vertente, que chegou a captar de R$ 110 milhões com um certificado. O produto foi escolhido para que a incorporadora pudesse levantar recursos para atuar em nove canteiros de obras em cidades do sudoeste goiano, em empreendimentos imobiliários reconhecidamente diferenciados na região.
“Quando uma empresa atinge um determinado patamar, como foi o caso da Habitat, ela procura diversificar sua fonte de financiamento por meio do mercado de capitais que consegue atender principalmente em relação aos prazos das transações. Dificilmente um banco oferece um empréstimo com prazo superior a 6 anos. Já o mercado de capitais pode trabalhar com prazos de 10, 12 até 14 anos”, comenta Cleiton.
A Vertente realizou um trabalho de assessoria financeira junto à Habitat e de co-estruturação, junto à uma corretora de investimento que vem crescendo muito, a EQI, atraindo investidores pessoas físicas. Ao longo do processo, a empresa captou R$ 110 milhões, em uma operação de 10 anos.
Hoje a Habitat possui oito empreendimentos em construção em Goiás, todos na região Sudoeste do Estado, que está entre os maiores centros do agronegócio nacional. Esses projetos somam 940 unidades. O foco está em apartamentos residenciais de alto padrão, mas a empresa conta também com lajes comerciais no portfólio. A previsão da Habitat é investir cerca de R$ 500 milhões até 2027.
Pessoas físicas abertas à diversificação
Do outro lado do balcão estão os investidores, e a Vertente atende a mais 200 grupos econômicos que alocam mais de R$500 milhões em investimentos. Adicionalmente, a empresa também orienta pessoas físicas de alta renda a fazerem investimentos por intermédio de uma assessoria contratada pelo Banco BTG Pactual. “Atendemos mais de 1.000 grupos familiares de alta renda”, afirma Marcelo Estrela, Sócio e um dos assessores de investimentos da empresa, performando montante sob custódia de aproximadamente R$ 1 bilhão.
Ele observa que as pessoas físicas, em Goiás, estão mais abertas à diversificação de seus investimentos. “Nossas projeções para os próximos anos são: de que o mercado de capitais tende a ocupar um espaço cada vez maior de investimento junto às pessoas físicas. Trazendo uma referência do Sistema Financeiro Nacional (SFN): a carteira de crédito destinada às empresas somou R$ 2,2 trilhões. Enquanto isso, o estoque de operações de crédito direcionado para habitação, no segmento pessoa física, totalizou R$ 989,7 bilhões, enquanto a poupança teve retirada líquida de R$ 87,8 bilhões em 2023. Ou seja, as pessoas estão percebendo a atratividade dessas transações de CRI e preferindo investir ao invés de manter o dinheiro aplicado em modalidades tradicionais como a caderneta de poupança”, diz.
Essa foi uma das motivações para a criação de mais uma iniciativa relevante, uma gestora de recursos de terceiros, que é uma estrutura privada, altamente regulamentada que viabiliza um certo grau de desintermediação bancária, personalização do atendimento ao investidor e principalmente: torna possível ao investidor de varejo acessar produtos antes restritos a institucionais. “Para viabilizar esta estrutura ao cliente, a Gestora se submete a um rigoroso escopo regulatório, o que somente é possível com uma equipe experiente e uma área de Compliance presente, desde seu nascedouro a Gestora e seus profissionais contam com recomendação de importantes nomes do mercado.” Explicou a Diretora de Compliance, PLD e Risco, Fernanda Souza
A gestora da Vertente já possui mais de R$ 120 milhões sob gestão, esses valores estão investidos em Fundos de Investimento em Participações em Infraestrutura voltados para o segmento de energia. “A ideia é expandir e atender outros segmentos da economia como o imobiliário e o agronegócio em breve”, conforme o Diretor de Gestão, Rodrigo Borges.
Outra área de atuação da Vertente, é a Corretora de seguros focada em atender demandas corporativas sob judice ou grandes contratos, e uma área dedicada ao câmbio, tudo isso junto à fintech’s especializadas em funding de sacados e fornecedores. “Nós já emitimos apólices de seguro, para garantia de contratos da ordem R$ 850 milhões e já fizemos algo como US$ 170 milhões em transações de câmbio tanto de importadores quanto de exportadores”, afirma Marcus Inocêncio, sócio responsável por essas unidades de negócio da empresa. Divulgação