Jana Tomazelli

Agricultura com baixa emissão de carbono é tema de seminário no leste goiano

Ter uma propriedade reconhecida por um selo verde de qualidade não é nada fácil. Produzir cada vez mais e com menos, também não. Aliás, geralmente isso tudo traz inúmeros gastos e investimentos aos produtores e no sentido de auxiliá-los e levar até eles informações sobre a agricultura de baixa emissão de carbono (ABC) e de baixo custo de produção, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) tem realizado através do seu Departamento Técnico, o Seminário ABC do Cerrado. A iniciativa, que tem parceria do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), acontece desde agosto.

Na próxima quarta-feira (9) o seminário de sensibilização ABC do Cerrado chega à Cristalina, às 19 horas no auditório da ACIC/CDL. Na quinta-feira (10) é a vez de Catalão, na sexta-feira (11) o seminário acontece em Morrinhos. Na próxima semana, Itaberaí, Jussara, Caiapônia, Mineiros, Rio Verde e Quirinópolis também receberão o projeto. O produtor interessado em participar das atividades deve procurar o Sindicato Rural de sua cidade.
Com recursos provenientes do Programa de Investimento em Florestas (FIP), e administrados pelo Banco Mundial, o ABC do Cerrado tem o intuito de fomentar a produção sustentável em áreas já convertidas para uso agropecuário no bioma Cerrado, além de disseminar práticas agrícolas de baixa emissão de carbono, fazendo com que os produtores rurais se sensibilizem e passem a investir em sua propriedade de forma a ter retorno econômico, mas sempre pensando na preservação ambiental.

Investimentos e etapas do projeto

O ABC Cerrado vai capacitar produtores rurais e técnicos do Cerrado nas tecnologias preconizadas pelo Plano ABC com a utilização de sistemas sustentáveis de produção, a fim de diminuir a pressão sobre as florestas nativas, contribuindo para a redução da emissão de gases de efeito estufa.
Até 2017, quando finaliza o investimento do Banco Mundial na quantia de US$ 10,62 milhões provenientes do FIP, no bioma Cerrado, serão realizados cursos sobre recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, sistema plantio direto na palha e florestas plantadas.
O projeto está dividido em três etapas de execução, sendo a primeira os seminários de sensibilização que acontecem este mês. A segunda serão as capacitações, onde o Senar Goiás executará os cursos referentes às tecnologias do Plano ABC. Após as duas primeiras etapas, serão realizadas as assistências técnicas para produtores que queiram implementar as tecnologias em suas propriedades.

“Fomentar uma produção mais sustentável e altamente importante, então, quando se trabalha com as quatro tecnologias há uma intensificação da produção com a diminuição de emissão de gases do efeito estufa, o que é o intuito do projeto: produzir cada vez mais, com menor custo de produção, e evitando a conversão de novas áreas de Cerrado nativo em áreas de pastagem ou lavoura, por exemplo. Além disso, o foco do projeto será melhorar a renda do produtor rural”, explica o técnico-adjunto do Senar Goiás,
Conforme Furquim, serão 20 técnicos atendendo em todo o estado e cada um será responsável por 20 propriedades rurais. Além disso, cada técnico deverá implantar pelo menos uma Unidade de Referência Técnica (URT), para servir de base às demais, e realizar um dia de campo com base em uma das quatro tecnologias propostas.

O ABC do Cerrado abrange sete estados pertencentes ao bioma Cerrado, sendo beneficiados pelo Projeto: Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí, Tocantins, além do Distrito Federal. Destes, apenas Goiás, Tocantins, Minas Gerais e Mato Grosso receberão a assistência técnica pelo período de um ano e meio. Faeg

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