Com cinco anos de mercado de defensivos agrícolas, a Ourofino Agrociência espera aumentar seu portfólio de produtos. Com 17 soluções, desses nove destinados para a cana-de-açúcar, a perspectiva é lançar outras 32 Até 2020. Atualmente a fábrica, localizada no distrito químico de Uberaba (MG) é uma das mais modernas do setor no mundo, produz 35% da capacidade instalada de 100 milhões de litros por ano.
Com uma área total de 250 mil m2, a Ourofino já está pronta para receber ampliação da produção. A empresa iniciou suas atividades em 2010, com um Sistema de Gestão Integrada (SGI), no qual a matéria-prima e produto final não se encontram no processo de manufatura, conquistando certificações que garantem alta confiabilidade nos processos como os ISOs 9001 (garantia da qualidade na produção) e 14001 (meio ambiente) e OHSAS 18001 (segurança e saúde ocupacional).
Reconhecida pelos concorrentes como uma das mais modernas do mundo, fábrica de Uberaba produz defensivos com a marca Ourofino- um total de 60%-, mas também terceiriza a produção para outros selos.
Para esse ano, a previsão da Ourofino é atingir faturamento total de R$ 500 milhões (35% superior ao do ano passado). “Nossa perspectiva é crescer R$ 100 milhões por ano”, ressalta Everton Molina Campos, gerente de Marketing da empresa. Jardel Massari, sócio fundador da Ourofino Agrociência complementa que a Ourofino pretende futuramente desenvolver produtos na área de nutrição e biológicos.
Para garantir a qualidade dos produtos, a empresa tem em Guatapará (SP) um Centro de Pesquisa Agronômica – uma fazenda experimental onde são testadas e desenvolvidas as soluções que posteriormente estarão no campo atendendo às necessidades de clientes em todo o Brasil. E também mantem um escritório em Xangai, na China, para facilitar o contato com os fornecedores de matéria-prima.
Entraves
Segundo o presidente da Ourofino Agrociência, Jurandir Paccini Neto um gargalo da empresa e do setor é a aprovação de registros de produtos. “Temos 32 produtos na ‘lista’ de espera para serem aprovados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)”, explica.
Outra dificuldade levantada pelo presidente da Ourofino é a legislação brasileira de 2004. “O defensivo pronto paga menos imposto no país do que a matéria-prima, impedindo que as empresas do setor se ampliassem”, explica. Ele complementa que os importados chegam ao Brasil sem atender uma série de determinações da legislação nacional.
O Brasil é o segundo colocado, junto aos EUA no consumo de volume absoluto de defensivos agrícolas e o sexto colocado em litro por hectare, atrás da França e Japão, por exemplo, que a dosagem é 20 vezes e seis superior a atualizada no Brasil, respectivamente.
“Há preconceitos contra defensivos, mas eles são remédios. O uso consciente de produtos mais elaborados e menos tóxicos possíveis é necessário para alimentar a população que está em crescente aumento”, explica Jardel Massari, sócio fundador da Ourofino Agrociência.
Canal – Jornal da Bioenergia