A companhia alemã Baywa, gigante do agronegócio europeu, manifestou na quarta-feira, dia 21, em reunião com o governador Marconi Perillo em Munique, na Alemanha, planos de instalar em Goiás sua primeira unidade no Brasil. A escolha, segundo afirmou a direção da empresa durante encontro é resultado do banco holandês RadoBank, que recomendou Goiás como estrategicamente vantajoso para os negócios de importação de grãos, energia solar, tecnologia agrícola e produtividade – todos liderados pela empresa no território alemão.
Na reunião na Baywa, o governador Marconi Perillo reafirmou ao CEO da companhia, Josef Lutz, as vantagens de se investir no Estado “Não viemos somente visitá-los, mas sensibilizá-los sobre as oportunidades que oferecemos. Há um grande valor estratégico para se instalar um centro de comércio bilateral de Goiás”. O governador lembrou que já seguiram este caminho grupos importantes do comércio mundial de grãos como Cargil e Dreyfus Commodities que também escolheram Goiás como forma de aumentar sua eficiência e competitividade.
As próximas tratativas para o projeto Baywa em Goiás ficaram marcadas para o mês de fevereiro próximo, quando um grupo de estrategistas da empresa visitarão Goiás. Os alemães estão interessados em saltar seu domínio sobre o mercado de commodities na Europa de 30 para 40% de toda importação de grãos.
O governador também busca, com a atração da Baywa, um incremento para o projeto de transformar Goiás no maior produtor de energia renovável do País. A companhia alemã é um grande exportador de tecnologia para produção de energia solar. Marconi Perillo impressionou muito os alemães com os dados sobre produção de etanol no Estado, principalmente sobre a grande produção de energia elétrica a partir da incineração do bagaço da cana. Todas as destilarias de etanol que praticam a cogeração avaliam investir em energia solar para movimentar as turbinas que ficam ociosas na entressafra.
Marconi mapeou, durante a reunião, a rota da produção de alimentos no Centro-Oeste até a Europa lembrando que metade dos produtos brasileiros saem da região e que ela agora contará com um atalho de mais de três mil km pela Ferrovia Norte-Sul. Produtos que hoje embarcam para a Europa através do Porto de Santos, com grandes dificuldades de logística, passarão direto para os portos do Maranhão – muito mais próximos do continente europeu. Goiás Agora
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