Dilma enfrentará protesto de canavieiros na inauguração da Via Mangue

A presidente Dilma Rousseff deve enfrentar um protesto de canavieiros do NE durante a inauguração da Via Mangue, em Recife/PE, nesta quinta-feira (21). A União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) promete levar cerca de 2 mil produtores de AL, PB, PE, RN, SE e BA para o evento, além de canavieiros do Rio de Janeiro. O segmento acusa Dilma de estelionato eleitoral, nas prévias das eleições presidenciais, em 2014, por publicar e não cumprir a lei de subvenção para socorrer os canavieiros vítimas da maior seca dos últimos 50 anos no NE e RJ. Até hoje, dois anos após a publicação, 30 mil agricultores não têm como receber o subsídio para amenizar os efeitos daquela seca, já que a lei não foi regulamentada por Dilma, apesar dela fazer promessas para o setor de que daria rápida resposta sobre o caso, a exemplo do episódio mais recente, como relata a Unida, quando se reuniu com a entidade de classe no Recife em 2015, durante visita à Federação da Indústria de Pernambuco (Fiepe).

“Até hoje, mesmo com o aceno de que nos responderia logo, a presidente não cumpriu a promessa feita na reunião da Fiepe em 2015”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida. O dirigente conta que na ocasião, Dilma designou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que também participou do encontro, para dar uma resposta em 20 dias. Até hoje não houve resposta alguma e os 30 mil agricultores, cujo 90% deles recebem por mês menos de R$ 800 bruto com o cultivo da cana, como revelam os dados do próprio Ministério da Agricultura, continuarão vítima da seca e das promessas da presidente Dilma.

A lei da subvenção econômica da cana nordestina e do RJ foi publicada em julho de 2014, meses antes da eleição presidencial. A lei garante R$ 12 ao produtor por tonelada de cana fornecida na safra 2012/13 – auge da seca na região. “Até hoje a lei não foi regulamentada, o que impede o início do pagamento do subsídio”, critica Lima, acusando a presidente Dilma de ter praticado estelionato eleitoral, visto que fez promessas e não cumpriu, publicando a lei para enganar os canavieiros, a fim de arregimentar apoio eleitoral, e depois não cumprir a referida lei. Unida

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