CTBE divulga estudo que padroniza a caracterização do bagaço da cana-de-açúcar

Um estudo interlaboratorial realizado pelo Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, CTBE, e o National Renewable Energy Laboratory, NREL, em parceria com sete instituições brasileiras, uniformiza e valida metodologias analíticas para a caracterização do bagaço de cana-de-açúcar. O estudo foi publicado no Journal of AOAC International e é a primeira publicação que apresenta uma comparação entre métodos de caracterização química desta biomassa.

O artigo, intitulado “Evaluation of Brazilian Sugarcane Bagasse Characterization: An Inter-laboratory Comparison Study” apresenta os resultados da composição do bagaço da cana, realizados por oito laboratórios utilizando técnicas semelhantes com pequenas alterações nos métodos analíticos, com o objetivo de determinar as variações esperadas nesta análise.

O estudo teve início após a assinatura de um Memorando de Entendimento entre NREL e CTBE em 2009, seguido de discussões e definições de protocolos aplicados pelos pesquisadores das instituições envolvidas durante encontro na instituição norte-americana. Para a pesquisadora do CTBE e uma das autoras do artigo, Maria Teresa Borges Pimenta Barbosa, o resultado do trabalho beneficiará muitas instituições nacionais e internacionais que estão trabalhando com o bagaço da cana-de-açúcar.  “Para a comunidade científica é muito importante ter uma base concreta de consulta das metodologias para a caracterização do bagaço de cana, uma vez que a literatura especializada reporta normas específicas para a caracterização de outras biomassas que, quando utilizadas para a caracterização do bagaço de cana, acarretam em erros experimentais que dificultam a comparação dos resultados”, reforça.

No CTBE o estudo foi realizado pelo Laboratório de Desenvolvimento de Processos (LDP), na Central Analítica para Biomassa e Derivados, composta por um conjunto de equipamentos analíticos. As instituições que também participaram deste trabalho foram CENPES/Petrobras, IQSC/USP, EEL/USP, CTC, Embrapa Agroenergia, INMETRO e IPEN/CNEN.

Com a publicação do trabalho, a próxima etapa é o estabelecimento da padronização em norma ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Sobre o CTBE

O Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O CTBE desenvolve pesquisa e inovação de nível internacional na área de biomassa voltada à produção de energia, em especial do etanol de cana-de-açúcar. O Laboratório possui um ambiente singular no País para o escalonamento de tecnologias, visando a transferência de processos da bancada científica para o setor produtivo, no qual se destaca a Planta Piloto para Desenvolvimento de Processos (PPDP).

Sobre o CNPEM

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Localizado em Campinas-SP, possui quatro laboratórios referências mundiais e abertos à comunidade científica e empresarial. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) opera a única fonte de luz Síncrotron da América Latina e está, nesse momento, construindo Sirius, o novo acelerador brasileiro, de quarta geração, para análise dos mais diversos tipos de materiais, orgânicos e inorgânicos; o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) desenvolve pesquisas em áreas de fronteira da Biociência, com foco em biotecnologia e fármacos; o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol (CTBE) investiga novas tecnologias para a produção de etanol celulósico; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) realiza pesquisas com materiais avançados, com grande potencial econômico para o país.

Os quatro Laboratórios têm, ainda, projetos próprios de pesquisa e participam da agenda transversal de investigação coordenada pelo CNPEM, que articula instalações e competências científicas em torno de temas estratégicos.

 

 

Assessoria de Comunicação CTBE/CNPEM

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