A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) publica regularmente o boletim o InfoMercado Semanal, com uma análise prévia da evolução da geração e do consumo de energia elétrica nos Ambientes de Comercialização Livre (ACL) e Regulada (ACR).
A seguir, as principais estimativas iniciais para o período de 1º a 19 de julho de 2016 apresentadas pela CCEE, constantes do InfoMercado Semanal:
• Geração e consumo de energia elétrica tiveram crescimento de 2,1% no período.
• A produção hidráulica (maiores de 30 MW) cresceu 12,5% em relação a julho de 2015.
• As térmicas continuam em retração de 27,2%, devido à queda na produção das usinas a óleo (-83,3%), bicombustível (-45,2%) e a gás (-39,5%). Por outro lado, destaque para o aumento de 57,2% na geração das eólicas.
• O consumo no Ambiente de Contratação Regulada – ACR apresentou queda de 1,0%.
• O Ambiente de Contratação Livre – ACL registrou elevação de 11,6%. Os autoprodutores tiveram aumento de 0,6%. Por outro lado, os consumidores livres apresentaram aumento de 9% devido à migração de novas cargas. Desconsiderando-se este fato, observa-se aumento de 3,9% neste segmento. Os consumidores especiais tiveram aumento de 44,8%, influenciados pela migração de novas cargas. Excluindo este efeito, observa-se uma redução de 3,8%.
• Os segmentos que registraram maior evolução, considerando autoprodutores, consumidores livres e especiais, foram: comércio (44,5%); alimentícios (30,3%); e bebidas (27,5%). O crescimento destes setores está vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre.
• Apenas o setor de extração de minerais metálicos apresentou queda no consumo de 12% (CCEE, InfoMercado Semanal, 2016).
A bioeletricidade entre 1º e 19 de julho
A bioeletricidade ofertada para o Sistema Interligado, durante o período 1º a 19 de julho de 2016, foi quase 16% superior a igual período no ano passado, conforme tabela abaixo:
O total de energia gerada para a rede pela fonte biomassa em geral (bagaço/palha de cana, resíduos de madeira, capim elefante etc.) teve crescimento de quase 16% entre 1º a 19 de julho de 2016, comparativamente a igual período no ano anterior. Essa energia para a rede foi equivalente à energia elétrica necessária para abastecer anualmente 927 mil unidades consumidoras residenciais no País.
Considerando-se as emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) evitadas pela bioeletricidade, o benefício desta fonte energética é ainda maior para os consumidores brasileiros. O total de bioeletricidade fornecida à rede no período mencionado acima significou evitar a emissão estimada de 732 mil toneladas de CO2. Para atingir a mesma economia de CO2 por meio do plantio de árvores nativas, seriam necessárias 5 milhões de árvores nativas extraindo CO2 do ar ao longo de 20 anos.
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