Durante a 22ª Conferência Mundial Sobre o Clima (COP 22), encerrada no último dia 18, em Marrakech, no Marrocos, foi feito o lançamento da Plataforma do Biofuturo. A proposta foi apresentada pelo governo brasileiro e tem a finalidade de promover a cooperação internacional em prol do desenvolvimento e uso de biocombustíveis. Com isso, será possível ter mais uma ação concreta para reduzir a emissão de gases que causam o aquecimento global.
A diminuição das emissões de gases é parte das estratégias apontadas para que os países signatários atinjam as metas estabelecidas na COP 21, ocorrida em dezembro de 2015, em Paris. Na ocasião, o Brasil se comprometeu a cortar 43% da emissão de gases de efeito estufa até 2030. Ratificado por 195 países, o acordo assinado na COP 21 entrou em vigor em 12 de dezembro, com o objetivo de tentar impedir que a elevação da temperatura média do planeta atinja 2 graus Celsius (ºC).
No caso do Brasil, o plano para os próximos 14 anos prevê o corte de 43% das emissões domésticas de gases de efeito estufa. Para 2030, a intenção é alcançar o índice de 18% de biocombustíveis sustentáveis (etanol e biodiesel) na matriz energética e o aumentar de 10% para 23% a participação de energias renováveis (solar, eólica e biomassa) na matriz energética.
A Unica, entidade que representa o setor sucroenergético brasileiro elogiou a iniciativa do governo federal ao lançar essa plataforma. Segundo a presidente da entidade, Elizabeth Farina, é muito importante avançar no uso e na produção de biocombustíveis avançados. “O biocombustível sucroenergético pode reduzir em mais de 90% as emissões de CO2 quando comparado à gasolina, se considerarmos as tecnologias de 1ª e 2ª gerações. No Brasil, comemoramos o fato de termos evitado a emissão de 370 milhões de toneladas de CO2 de 2003, quando os carros flex fuel foram lançados, até o presente momento” disse a executiva.
Canal-Jornal da Bioenergia com dados da Agência Brasil.