Produzir energia elétrica com sustentabilidade ambiental é um desafio que os países precisam encarar com seriedade e muito planejamento. Além de ser limpa e renovável, é preciso que a fonte desta energia seja economicamente viável. O Brasil tem papel de destaque neste cenário. Inclusive, quatro usinas sucroenergéticas de São Paulo foram avaliadas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A finalidade foi ver os resultados do aproveitamento da palha para gerar energia elétrica. Foram dois anos de acompanhamento junto a quatro usinas.
A avaliação considerou os principais obstáculos à expansão do modelo sustentável de reaproveitamento dos insumos.
Em 2017, o SUCRE — sigla para Sugarcane Renewable Electricity ou Eletricidade Renovável da Cana-de-Açúcar, em português — completou dois anos. As usinas avaliadas ficam em Quatá, Serrana, São Joaquim da Barra e Barra Bonita. Entre os desafios identificados pelo PNUD, estão a falta de dados sobre a quantidade recomendada de palha que deve permanecer nos canaviais, levando em conta os benefícios agronômicos e seu valor como combustível. A agência da ONU também alertou para a presença de impurezas minerais na palha que é coletada e compactada em fardos, o que pode prejudicar a produção de energia elétrica.
Outro problema constatado durante as avaliações é que a queima da palha nas caldeiras das usinas pode provocar erosão, corrosões e incrustações nas superfícies internas dos fornos. Agora, a meta é realizar análises das safras 2017/2018 e promover debates sobre marcos regulatórios voltados especificamente para a eletricidade gerada pela palha. O projeto é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), que prevê um orçamento total de 67,5 milhões de dólares para os cinco anos de duração do SUCRE. (Canal-Jornal da Bioenergia com dados da ONU Brasil).