Uma população em constante crescimento requer maior produção de alimentos, combustíveis e outros insumos. Parte considerável destes itens são provenientes da agricultura e é por isso que esta atividade, tão importante para a evolução humana, se mantém em constante evolução. Os desafios são muitos, e quando falamos em produção de cana-de-açúcar, eles podem se tornar mais expansivos.
A cana é o principal insumo para a produção do açúcar, um dos principais produtos nacionais. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2019/20 para a produção da espécie irá atingir 31,8 milhões de toneladas, um crescimento de 9,5% em relação ao produzido na safra do ano anterior de 2018/19. Ainda de acordo com o levantamento, a produção de outro subproduto importante da cana, o etanol, chegará a 30,3 bilhões de litros na safra deste ano, um decréscimo de 6,4% em relação à safra passada.
Temos observado que muitos especialistas apontam algumas altas consideráveis para o país, entre elas, o etanol, que passou a ter sua disputa melhorada, tanto pelo valor como também pelo meio ambiente. De acordo com o diretor da CANAPLAN – empresa de consultoria voltada principalmente ao setor agroindustrial da cana-de-açúcar, Caio Carvalho, não há outro caminho para o Brasil que não seja a competitividade, que em resumo acontece pela combinação da alta produtividade e custos mais baixos. A constatação foi feita durante uma entrevista para o Portal Desafios da Cana (https://www.desafiosdacana.com.br/competitividade-e-produtividade-o-mercado-da-cana-em-crescimento-no-pais).
Nesse sentido, há uma necessidade de mudanças nos manejos tradicionais, principalmente no que se refere à nutrição e gerenciamento de estresses causados por fatores ambientais e fisiológicos. O maior desafio das plantas é expressar o potencial produtivo de maneira equilibrada, num ambiente de constantes mudanças ambientais.
A agricultura moderna aponta para um cenário de altas produtividades com grande qualidade e impactos ambientais reduzidos. Em linha com esse cenário está a globalmente comentada “3B Strategy”, que mostra o crescimento exponencial da adoção de tecnologias como: Bioestimulantes, Biofertilizantes e Biopesticidas.
Bioestimulantes como o ExpertGrow têm papel fundamental no gerenciamento de estresses causados por fatores ambientais e fisiológicos, pois atuam no metabolismo da planta estimulando processos naturais que potencializam a fotossíntese, ativam o sistema natural de defesa, melhoram a absorção de nutrientes e promovem respostas aos estresses, reduzindo os danos. O seu uso pode aumentar o potencial produtivo entre 5 e 15% acima de alternativas disponíveis no mercado.
No Brasil, observa-se que a adoção dos bioestimulantes está aumentando em cana-de-açúcar. Eles são utilizados principalmente nas áreas de plantio, na aplicação de sulco, com o intuito de incrementar a produtividade por meio do aumento do volume radicular, estímulo a uma brotação mais rápida e vigorosa, com maior perfilhamento e uniformidade.
Apesar do uso de bioestimulantes ser algo recente na agricultura brasileira, conforme os resultados da ação destes produtos aparecem, maior é a adesão durante o manejo. O seu uso é uma prática que tem potencial para incrementar a produtividade do canavial, sendo ainda mais útil e expressivo em condições ambientais adversas.
*André Barabach – é engenheiro agrônomo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e possui MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas. Atualmente integra a equipe da ADAMA Agricultural Solutions Ltda, como Gerente de Produto.