Atvos deve elevar moagem de cana em 16% nesta safra

Apesar de um atraso de 30 dias no início da temporada causado pela chuva, a Atvos pretende processar 26 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2023/24, um aumento de 16% em relação ao processado no ciclo anterior, disse o CEO da empresa, Bruno Serapião.

Com isso, a expectativa é ampliar a produção de etanol para 1,9 bilhão de litros, contra 1,6 bilhão na safra passada. Na mesma linha, a fabricação de açúcar VHP está estimada em 535 mil toneladas, versus 382 mil no ciclo anterior.

“A gente começou a safra mais tarde do que a gente deveria, por conta das chuvas, e enxergamos que o El Niño tem sido positivo para os canaviais, mas ele vai levar essa safra além de novembro/dezembro no nosso caso”, afirmou o executivo. Em anos sem a influência do fenômeno climático, os trabalhos da companhia começariam em março e seguiriam até outubro.
O mix de produção, segundo ele, destina cerca de 85% da matéria-prima para a fabricação de etanol e 15% para o açúcar.

Serapião ressaltou que o biocombustível anidro é quem tem puxado a demanda, embora o consumo de hidratado também esteja se recuperando, após mudanças tributárias temporárias sobre os preços da gasolina e movimentaram o mercado desde o ano passado.

“A demanda para etanol hidratado também está boa, o que tem que ver é qual é a política de preços que será aplicada”, disse.

Na visão da Atvos, se o preço do etanol estiver em 75% do valor da gasolina, ainda é interessante para o consumidor economicamente. Além disso, a perspectiva também é favorável por ser um combustível fundamental para a transição energética. “Acreditamos que o etanol está em uma linha de crescimento e maior participação na nossa matriz de transporte”, afirmou.

O CEO ainda defendeu a necessidade de maior ação do governo para promover o etanol brasileiro no mercado externo, para o incremento das exportações.Globo Rural

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