Aumento da porcentagem de biodiesel à mistura do diesel favorece economia e meio ambiente

O aumento previsto do teor de biodiesel na mistura ao óleo diesel de 12% para 14%, anunciado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), na última terça-feira (19), é um avanço em termos ecológicos e econômicos para o país. À medida em que caminhamos em direção à uma fórmula menos lesiva ao meio ambiente e que ao mesmo tempo promove o desenvolvimento nacional, com mais geração de riqueza por meio do impulsionamento da industrialização de biocombustíveis, o Brasil ganha destaque na transição energética, além de oportunidades econômicas.

Com o novo cronograma, o Brasil pode desfrutar de uma janela de oportunidades importante, com amplos benefícios ao país. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida pode reduzir a emissão de 5 milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera, além de ter potencial para reduzir a importação de diesel fóssil em R$ 7,2 bilhões por ano.

Para além dos benefícios ambientais, é importante também refletir sobre os ganhos que a economia brasileira, que conta com enorme potencial para a produção de biodiesel, ganhará com a mudança. Em 2022, foram gerados R$ 673,7 bilhões pelo total da cadeia da soja e do biodiesel; a participação da cadeia produtiva no PIB do agronegócio já alcança 27%. O setor também foi responsável por gerar 2,05 milhões de empregos em 2022, um aumento de 80% em relação a 2012.

Esse enorme potencial é impulsionado pelo aumento da porcentagem na mistura e mira um crescimento contínuo de fortalecimento da indústria, além de representar um avanço estratégico para a matriz energética do Brasil. Esse incremento não é apenas uma resposta às demandas crescentes, mas uma contribuição significativa para a autonomia energética do país.

Ao mesmo tempo, o desenvolvimento do setor fortalece, também, a segurança alimentar. Por meio do estímulo ao processamento da soja, que exige uma grande quantidade de farelo de soja, o biodiesel beneficia a produção de proteína animal, podendo reduzir em R$ 3,5 bilhões anuais o custo da produção de proteínas animais – o que, consequentemente, reduz a inflação em 0,05 pontos percentuais.

Além dos benefícios econômicos, o aumento projetado na produção de biodiesel alinha-se com metas de sustentabilidade, uma vez que o Brasil é signatário do Acordo de Paris (COP21), sendo o setor do biodiesel um segmento fundamental para o atingimento das metas de descarbonização.

Por fim, e não menos relevante, é importante considerar o impacto da melhoria na saúde da sociedade. Segundo pesquisa produzida pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a adoção da nova fórmula traz vantagens diretas à saúde pública, com a diminuição substancial das emissões veiculares nocivas, representando um passo crucial na melhoria da qualidade do ar e na mitigação de impactos à saúde.

Portanto, acerta o governo federal, com a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, e de demais autoridades do governo, em promover o desenvolvimento econômico e social do país a partir do biodiesel, reforçando o compromisso com a transição energética e com o projeto de lei Combustível do Futuro, o qual também apoiamos em conjunto com a Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio). Ubrabio

 

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