O sistema de bandeiras tarifárias adotado pelo Brasil tem como objetivo sinalizar aos consumidores o custo real da geração de energia elétrica no país. Em tempos de escassez de chuvas e reservatórios das hidrelétricas em baixa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ativa as bandeiras amarela ou vermelha, que indicam um acréscimo na tarifa de energia.
A notícia de que a bandeira amarela foi acionada em julho trouxe preocupação para muitos brasileiros, especialmente aqueles que optaram por contratar energia limpa. Mas afinal, quem escolhe energias renováveis será impactado pelo aumento?
Entendendo o Sistema de Bandeiras Tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para dar transparência ao custo da energia elétrica no Brasil. As bandeiras verde, amarela e vermelha (nos patamares 1 e 2) são definidas com base nas condições de geração de energia no país.
Quando há uma oferta suficiente de energia, a bandeira verde é ativada, sem acréscimos na tarifa. Já a bandeira amarela indica um custo adicional moderado, enquanto a vermelha reflete um custo ainda maior devido à necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes.
Com a bandeira amarela, como ficam os consumidores de energia limpa?
Segundo a Aneel, esse grupo de consumidores não será passível de cobrança, uma vez que a aquisição de energia elétrica não depende de distribuidoras convencionais, como a CEMIG e a CESP. Porém, é importante pontuar que isso vale apenas para aqueles possuem o serviço do mercado livre, em que a energia provém diretamente de geradores e comercializadores de energia.
Nesse caso, para consumidores que utilizam vários aparelhos elétricos, como air fryer, chaleira elétrica, entre outros, é válido considerar a transição energética para não sofrer com o aumento na conta.
Por que a conta de luz sofrerá aumento?
A Aneel informou que haverá um aumento de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos no mês de julho, e as principais causas são as chuvas abaixo da média ideal e a expectativa do aumento do consumo de energia. Ainda assim, não sofrerão aumento as contas enquadradas na modalidade de preço fixo, na qual a cifra se mantém inalterada até o momento da correção pela inflação.
Vale lembrar que essa é a primeira alteração de bandeira desde abril de 2022, segundo à agência, tendo sido uma estabilidade de 26 meses na bandeira verde até então.