Entenda tudo sobre os biocombustíveis, sua importância para a transição energética nacional e para um futuro mais sustentável
Os biocombustíveis representam uma peça-chave na transição para uma matriz energética mais verde e sustentável. Sua ascensão como uma alternativa viável não apenas responde aos desafios das mudanças climáticas, mas também oferece oportunidades econômicas significativas.
Eles são derivados de biomassa, que pode incluir uma variedade de materiais orgânicos, como plantas e resíduos agrícolas, como cana-de-açúcar, milho, girassol, soja, gases provenientes da decomposição de sedimentos orgânicos, gordura animal, etc.
Esses combustíveis são uma resposta inovadora à necessidade de reduzir a dependência de fontes não renováveis, como o petróleo, e mitigar os impactos ambientais associados à sua exploração e queima.
Acompanhe a leitura e conheça tudo sobre essa importante alternativa para a transição energética no país!
O que são biocombustíveis?
O etanol, biodiesel e biogás são os três principais tipos de biocombustíveis encontrados atualmente.
Eles são derivados de matérias-primas orgânicas não fósseis, e, embora emitam alguns gases poluentes e demandem muita água para serem produzidos, os biocombustíveis poluem menos e possuem um custo mais baixo, em relação aos combustíveis fósseis feitos de petróleo, carvão mineral e gás natural.
Segundo um estudo da Universidade de São Paulo, eles reduzem os gases de efeito estufa (GEEs) em até 72%. Também são responsáveis pela geração de energia elétrica e térmica e por movimentarem os motores de combustão de veículos como ônibus, motocicletas e carros, seminovos e atuais.
Em 2022, o Brasil era o segundo maior produtor do mundo. No entanto, nós utilizamos apenas 2% do potencial produtivo da fonte de energia, segundo a USP.
Em âmbito global, a produção de etanol, biodiesel e HVO apresentou alta em 10 vezes entre 2000 e 2019. Até 2026, as projeções da Agência Internacional de Energia estimam que a produção mundial cresça em 6,8%.
Para o Brasil, a estimativa é de um progresso de cerca de 11,7% nesse período – equivalente a maior ampliação no consumo e na produção de etanol.
A importância dos biocombustíveis e seus benefícios
Além de reduzir a pegada de carbono no planeta, eles contribuem para a diversificação da matriz energética e para a eficiência dos países que pretendem reduzir sua dependência de fontes externas e não renováveis.
O Brasil conta com uma Política Nacional de Biocombustíveis, conhecida como RenovaBio, e é considerada o maior programa do mundo para descarbonização da matriz de transportes – ou seja, veículos seminovos e novos abastecidos com biocombustível como o etanol, por exemplo, contribuem para essa inovação.
Outro aspecto importante do programa é que ele estabelece um mercado de créditos de descarbonização, o CBio, que reduz a emissão de uma tonelada de gás carbônico na atmosfera.
Dito isso, os biocombustíveis também mitigam as principais causas do efeito estufa. Essa transição para uma matriz energética mais limpa é vital para atingir metas ambientais e combater as mudanças climáticas.
Eles também impulsionam a economia rural, pois estimulam o desenvolvimento de comunidades agrícolas e seus empregos, quando adotam uma abordagem equilibrada que não interfere na produção de alimentos.
Os principais desafios do setor
Alguns dos pontos negativos sobre a produção de biocombustíveis envolvem a competição por terras e recursos como a água, em relação ao que é direcionado para o cultivo de alimentos.