Foto: Aprobio

Biocombustíveis não devem ser vistos como uma aposta no passado

Em sua participação no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíca, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol destacou o papel dos biocombustíveis para a economia mundial. “Os biocombustíveis continuam uma boa opção e não devem ser vistos como uma aposta no passado. Em muitos países, eles podem ser competitivos”, disse em entrevista ao Valor Econômico.

Diretor da Agência Internacional de Energia destaca competitividade dos biocombustíveis
O Brasil associou-se à agência no fim de outubro, abrindo caminho para a oferta de treinamentos e cursos na área de energia, visitas de especialistas para fazer diagnósticos de políticas públicas, troca de informações técnicas e acesso a novos estudos.

Uma das primeiras contribuições será o envio de analistas da AIE para a reforma do marco regulatório do gás. Eles vão relatar às autoridades brasileiras sua experiência com as práticas internacionais. Enquanto isso, a agência quer aprender com o etanol.

Em relação aos combustíveis fósseis, o diretor da AIE disse que a produção brasileira de petróleo vai ter o maior crescimento do mundo nas próximas duas décadas entre países fora da Opep. Isso porque a agência aposta no sucesso do próximo leilão do pré-sal e exorta o futuro governo a manter políticas de abertura no setor – como o fim da exigência de ter a Petrobras como operadora única dos campos em águas ultraprofundas e a flexibilização do conteúdo local.

“Não sabemos quem ganhará as eleições, mas a indústria do petróleo no Brasil está indo na direção correta”, disse ao Valor o diretor-geral da agência, Fatih Birol. “Isso está confirmado pelo interesse cada vez maior das empresas estrangeiras. Seria uma pena se o próximo governo adotasse algum recuo nas reformas.”

 

Uagro/Datagro

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