A área agrícola tratada com biodefensivos no Brasil é de dez milhões de hectares, sendo soja, cana, café, hortaliças e frutas as principais culturas que usam o insumo, revela levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio).
A pesquisa entrevistou 683 produtores que utilizam biodefensivos, distribuídos por 15 estados e que produzem 11 tipos diferentes de culturas, representando 80% do mercado agrícola brasileiro.
De acordo com o estudo, o segmento de biodefensivos responde pela movimentação anual de R$ 528 milhões (US$ 164,9 milhões ao câmbio de fevereiro/2018).
O levantamento também constatou que 39% dos agricultores brasileiros utilizam produtos biológicos em alguma área de plantio de suas lavouras, apesar de revelar, por outro lado, que 57% dos produtores rurais dizem desconhecer os biodefensivos.
No entanto, segundo a pesquisa, a aceitação dos biodefensivos como importante arma para controle de pragas e doenças é quase que total por quem já utiliza, pois 98% dos entrevistados que utilizaram defensivos biológicos na safra 2017/18 afirmaram que pretendem usá-los também na próxima temporada.
Entre os fatores mais citados para a decisão do uso está a eficiência do controle, mencionado por 76% dos produtores ouvidos; e a segurança da aplicação, apontada por 60% dos pesquisados.
Para os que já utilizam biodefensivos, a expectativa é de maior avanço do segmento nos próximos anos. Nada menos que 96% dos entrevistados afirmaram que deve haver crescimento no uso desse tipo de insumo no Brasil nos próximos cinco anos.
Entre os ativos biológicos mais utilizados pelos agricultores brasileiros, o estudo detectou que os preferidos são: Bacillus sp (diversos tipos), baculovirus, Beauveria, Cotesia, Metarhizium, Paecilomyces, Pochonia, Trichoderma e Trichogramma.
Em termos de ativos biológicos, o trabalho identificou que microbiológicos predominam tanto em termos de área cultivada (80%), quanto em valores movimentados (89%) no mercado brasileiro de defensivos biológicos. Outra constatação do estudo: do valor de mercado encontrado (R$ 528 milhões), 92% se refere ao uso de produtos registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Datagro