Nesta última semana, a fonte biomassa atingiu o total de 14.008 MW em potência instalada outorgada, superando a usina hidrelétrica de Itaipu, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O setor sucroenergético respondeu por 11 mil MW ou 79% deste total. Para o gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar Souza, apesar deste bom desempenho da biomassa, a continuidade da sua expansão ainda é um ponto de atenção.
“A fonte, que já chegou a representar 32% do crescimento da capacidade instalada no País, tem previsão de participar em 2016 com apenas 7%, índice que poderá cair para apenas 2% em 2020”, pondera o executivo. Segundo ele, a biomassa teve seu recorde em acréscimo anual de potência ao sistema no ano de 2010, com 1.750 MW, ou 12,5% de uma Itaipu, fruto de decisões de investimentos antes de 2008, quando o cenário era favorável para o setor sucroenergético.
“Observamos um esforço por parte do Governo Federal em promover a diversificação da matriz elétrica, com diretrizes centradas em estimular as fontes eólica e solar, a mini e micro geração distribuídas. Contudo, em relação à biomassa, ainda precisamos estimular um investimento mais vigoroso, com uma política setorial dedicada que encorajare a melhora no ambiente institucional vigente”, conclui Souza.
Dados da ANEEL indicam que a matriz elétrica nacional detém 146.779 MW em potência outorgada. Itaipu tem 14 mil MW, abaixo dos 22.400 MW instalados pela usina chinesa Três Gargantas, a maior do mundo em capacidade instalada. Contudo, em termos de geração efetiva de energia, a hidrelétrica brasileira retomou em 2015 a condição de maior geradora de energia elétrica do planeta. Atualmente, a biomassa ocupa a terceira posição na matriz elétrica brasileira, atrás apenas da fonte hídrica (94.762 MW) e das termelétricas a gás natural (13.147 MW). Unica