Brasil avança na capacidade de produção da energia solar

A energia solar já é a segunda maior fonte de energia do Brasil. E a capacidade de produção no primeiro semestre superou todo o resultado de 2022.

Do alto nem é preciso procurar muito, e um telhado diferente logo aparece. A energia fotovoltaica é a produção de eletricidade a partir da luz do sol. E o resultado dessa fórmula é economia. Mesmo em uma pequena imobiliária. O sistema foi instalado há menos de dois meses e custou R$ 62 mil. A conta de luz já veio mais baixa.

“A gente tinha aqui um consumo de mais ou menos R$ 700, mais outros imóveis que a gente também tem na mesma titularidade que atingiu uma média de uns R$ 1 mil por mês. Então, a gente paga para cada instalação dessa a taxa mínima que é de R$ 50 em média”, conta Renan Machado Lopes, gerente financeiro de imobiliária.

Esse tipo de energia, gerada no próprio imóvel, é chamada de distribuída. Dos 5.568 municípios do país, ela está presente em 5.530 – 99% do território nacional.

Outra maneira de se aproveitar a energia que vem do sol é instalar os painéis no chão mesmo em terrenos na cidade ou mesmo na zona rural. No caso mostrado, são 12 mil painéis que vão zerar a conta de luz da indústria que fez o investimento. E o que sobrar vai virar crédito para outras pequenas e médias empresas.

A fábrica de cabos tem a linha de produção cheia de equipamentos elétricos. A conta vai ser zerada só com 30% do que a usina solar, que fica ao lado da empresa vai produzir. Os outros 70% serão vendidos para futuros assinantes.

“Pequenos empresários, supermercados, hotéis, gostaríamos de levar a energia saudável e limpa para nossa região”, diz João Arantes, CEO da Cabletech.

Essa modalidade de geração, a compartilhada, disparou no Brasil nos últimos anos. Eram menos de 500 usinas em 2019. Hoje, se aproximam de 5,4 mil. Nesse sistema, a energia excedente produzida vai para a concessionária da região e depois é vendido para outras empresas e também para o consumidor doméstico. Mas essa conta fecha?

“Essa conta fecha. O consumidor vai nesse caso receber duas faturas em vez de uma. Uma fatura da distribuidora, e outra que é a fatura dessa empresa de energia solar. Só que a soma das duas faturas vai ser menor do que ele pagava mês a mês para distribuidora”, explica Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da ABSOLAR.

A potência total instalada de energia solar só cresce no Brasil. Saiu de pouco menos 1.200 megawatts em 2017; dobrou no ano seguinte; e praticamente manteve o ritmo de crescimento a cada ano. Em apenas 6 meses de 2023, a potência instalada já é 26% maior que em 2022.

Na matriz energética do país, a energia solar já é a segunda com maior capacidade de geração, só perde para a energia gerada pelas hidrelétricas.

“Hoje, na média, só 2% a 3% dos consumidores faz o uso de energia solar. Então, a gente ainda tem um universo imenso ainda para ser explorado, muitas oportunidades de geração de negócio, e também de geração de emprego e renda para população com uso da energia solar, que a gente ainda vai poder desbravar”, afirma o presidente-executivo da ABSOLAR. G1

Veja Também

Aprovado crédito para expansão do maior complexo de energia solar da América Latina

Empreendimento, em Minas Gerais, acrescenta 422MWp ao Complexo Solar Janaúba, elevando sua capacidade instalada para …