O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse, na quarta-feira (9), durante o “Santander DATAGRO Abertura de Safra de Cana, Açúcar e Etanol 2022/23”, que acontece em Ribeirão Preto (SP), que o Brasil está apto a receber elevados volumes de investimentos em projetos “verdes”, já que o país é o que mais apresenta diversidade de rotas para descarbonização. Segundo o ministro, já existem recursos disponíveis nesta temática, originários do Fundo do Clima e do banco dos Brics.
Considerando a busca por uma mobilidade cada vez mais sustentável, Leite pontuou que não existe um modelo único, e que a escolha terá que levar em conta a fonte energética e a região do mundo. O carro elétrico, disse, por exemplo, não será uma realidade imediata para todos os países. O Brasil, destacou, tem toda a infraestrutura de bicombustíveis [etanol, biodiesel, os avanços com biometano/biogás etc.], com entregas já consolidadas de oferta, preço e, claro, ambientais.
O ministro adiantou que o governo federal desenvolve propostas para viabilizar a criação de um mercado de carbono nacional, que fomente a redução de emissões de gases de efeito estufa e simultaneamente gere créditos de carbono verdes, inclusive advindos do biometano. Estes papéis poderão ser negociados e serem utilizados na prática como ativos ambientais-financeiros do Brasil. “Poderemos exportar estes créditos.”
O presidente da DATAGRO, Plinio Nastari, cumprimentou o ministro ao ressaltar, que seu mandato vem combinando as necessárias políticas de comando e controle com medidas de estímulo às soluções sustentáveis. Também presente neste painel, o presidente e CEO da Scania na América Latina, Christopher Podgorski, discorreu sobre a tecnologia que o grupo está desenvolvendo para o uso de biometano/biogás para o segmento de veículos pesados [ônibus e caminhões]. Uagro