O Acordo de Paris, ratificado ontem pelo Brasil, durante solenidade no Palácio do Planalto, é um marco na história brasileira. Afinal, o país carrega o peso de ser o terceiro no ranking que aponta os dez maiores emissores de gases do efeito estufa. China e Estados Unidos, os dois maiores, já tinham ratificado o Acordo. As emissões de gases aqui no Brasil representam cerca de 2,5% do total mundial. O Acordo de Paris foi formalizado em dezembro de 2015 e prevê a adoção de uma serie de medidas para conter o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C .
Ao assinar o documento que oficializa o compromisso do Brasil com as metas previstas no Acordo de Paris, Michel Temer afirmou que a questão climática não é assunto de um governo ou de outro. É uma questão de Estado. José Sarney Filho acrescentou: “a aprovação e ratificação do acordo, feita de maneira célere, sinaliza à comunidade internacional o empenho do Brasil no combate às mudanças climáticas”.
A proposta brasileira prevê a redução de 37% das emissões de gases até 2025 e de 43% até 2030. A referência neste caso são os níveis de emissão registrados em 2005. Para alcançar esse objetivo estão previstas ações e medidas legais que viabilizarão uma maior participação de fontes renováveis na Matriz Energética Brasileira. Destaque para energia elétrica gerada a partir da biomassa (inclusive da cana-de-açúcar), e estímulo ao consumo de etanol hidratado. Haverá a partir de agora também um esforço para que outras fontes de energia limpa e renovável, como solar, eólica e biogás, sejam incentivadas no Brasil.
Canal-Jornal da Bioenergia