A cana-de-açúcar é a principal fonte de energia renovável do país segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) 2021. A publicação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostra que a biomassa de cana representa 19,1% da oferta interna de energia (OIE) ou 39,5% de toda a energia renovável utilizada no Brasil.
Isoladamente, a cana-de-açúcar já posiciona o país como referência global em energias limpas, contribuindo para uma participação acima da média mundial, de 13,8% de renováveis na matriz, e dos países desenvolvidos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 11%. Em 2020, 48,4% da energia consumida no território nacional teve como origem fontes renováveis.
“A cana-de-açúcar é uma das culturas agrícolas mais antigas do Brasil e permanece altamente estratégica por sua capacidade de diversificação e de aproveitamento de resíduos. Produzimos açúcar, etanol, bioeletricidade, biogás e, em breve, biometano, com um grande potencial inexplorado, capaz de garantir que o desenvolvimento socioeconômico brasileiro seja apoiado em fontes energéticas de baixo carbono”, destaca Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). As lavouras de cana-de-açúcar ocupam apenas 1,2% do território nacional e são localizadas a mais de 2 mil quilómetros da Amazônia.
De acordo com o balanço, o etanol (hidratado e anidro) encerrou 2020 com queda de 12,3% na demanda, em comparação com 2019, devido às medidas de restrição de circulação. A participação do biocombustível no consumo da frota de veículos leves foi de 43%. Quando avaliado o ciclo de vida completo do combustível, o etanol proporciona uma redução de até 90% na emissão de gases causadores do efeito estufa em relação à gasolina, além de praticamente zerar a emissão de poluentes altamente nocivos, como o material particulado fino. (Unica)