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Capacidade instalada de energia solar segue avançando no Brasil

Levantamento recente da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) mostra que a geração de energia solar segue em alta no Brasil, superando agora, neste ano, a marca de 55 GW (gigawatts) de potência instalada operacional, com 1,6 GW adicionado ao sistema no primeiro trimestre de 2025.  Com isso, a energia do sol já representa a 2ª maior fonte de energia do país, correspondendo a 22,2% de toda a capacidade instalada da matriz elétrica. A maior parte da geração de energia solar, 37,6 GW, vem de potência instalada na geração própria, nos telhados ou em quintais de 5 milhões de imóveis do país. O restante, cerca de 17,6 GW, vem das grandes usinas. Neste cenário, a Absolar sinaliza ainda que a geração própria solar está presente em mais de 5.000 municípios.

Números mostram ainda que desde 2012, esse setor movimentou mais de R$ 251,1 bilhões em investimentos, gerou 1,6 milhão de empregos e arrecadou R$ 78 bilhões em impostos. As residências representam a maior parte das unidades consumidoras com geração própria (69,2%), seguidas por comércios (18,4%) e propriedades rurais (9,9%). Minas Gerais lidera em número de instalações, seguido por São Paulo e Rio Grande do Sul.

Poderia ser ainda melhor

Neste contexto de expansão, ano após ano, a Absolar tem demonstrado que há problemas como dificuldades para conexão de pequenos sistemas de geração própria solar. Outra questão é aprovação do projeto de lei que institui o Programa Renda Básica Energética (Rebe).

O Programa Renda Básica Energética (Rebe) é uma proposta legislativa que visa substituir gradualmente a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) por um modelo mais sustentável e inclusivo. O objetivo principal é fornecer energia limpa e acessível para cerca de 17 milhões de famílias de baixa renda no Brasil, utilizando fontes renováveis, como a energia solar. A ideia é construir pequenas usinas solares para abastecer as residências dessas famílias. Os recursos para a implementação viriam de fundos como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o BNDES, o Orçamento Geral da União, entre outros. As famílias beneficiadas poderiam receber créditos para reduzir suas contas de luz, especialmente aquelas com consumo de até 220 kWh/mês.

Canal-Jornal da Bioenergia com dados da Agência Senado

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