Previsões feitas recentemente pelo Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea) para a safra de cana-de-açúcar 2025/26, sinalizam uma produção menor do que da safra de 2024. Isso em função também dos impactos do clima adverso e dos incêndios ocorridos em 2024. A moagem de cana na região Centro-Sul deverá ser na faixa de 581 milhões e 620 milhões de toneladas.
Cenário atual
Já um levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra 2024, mostra uma produção estimada em 678,67 milhões de toneladas, representando uma queda de 4,8% em relação à safra anterior. A área de cana cresceu 4,3%, mas a produtividade média caiu devido às condições climáticas adversas. Mesmo com este cenário, o Brasil segue como um dos maiores produtores e exportadores mundiais de açúcar e etanol no mercado.
Açúcar e etanol
Os números da Conab mostram ainda que a produção de açúcar, estimada em 44 milhões de toneladas, é 3,7% inferior à safra 2023/24 (45,68 milhões de t), diante da menor disponibilidade de cana-de-açúcar. Nas regiões Centro-Sul e Norte, a produção total de etanol, que inclui tanto o derivado da cana-de-açúcar quanto o do milho, deverá atingir 36,08 bilhões de litros, representando um crescimento de 1,3% em comparação com safra anterior (35,61 bilhões de litros). Desse total, 28,86 bilhões de litros serão de etanol proveniente da cana, com uma redução de 2,8%. O etanol produzido a partir do milho terá um aumento significativo de 22,1%, com uma previsão de 7,23 bilhões de litros ante 5,92 bilhões de litros em 2023/24. Desse total, o etanol anidro será responsável por 2,87 bilhões de litros (+ 28,2% ante 2,24 bilhões de litros em 2023/24), enquanto o hidratado deverá somar 4,35 bilhões de litros (+18,4% ante 3,68 bilhões de litros).
Canal-Jornal da Bioenergia