Com aproximadamente sete hectares de agrofloresta, o Legado Verdes do Cerrado aposta em sistema de cultivo integrado que possibilita recuperar áreas degradadas e auxiliar na conservação do bioma, além de gerar renda
Criados a partir da ideia de que é possível aliar produção e conservação, os Sistemas Agroflorestais (SAFs) – que reúnem culturas de importância agronômica em consórcio com a floresta – têm sido utilizados como aliados na recuperação de áreas degradadas e proteção do Cerrado. Em Niquelândia, no Norte de Goiás, o Legado Verdes do Cerrado (LVC), Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), tem uma área de 6,9 hectares que une a produção agrícola com o cultivo de espécies nativas, principalmente, o baru e o cajuzinho do cerrado.
Por meio da agrofloresta, o Legado Verdes do Cerrado contribui para a conservação da biodiversidade e melhoria da qualidade e estrutura do solo, para a fixação de carbono e serve como atrativo para a avifauna local. A iniciativa reflete a preocupação manifestada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), que buscam unir ações globais para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente, o clima e garantir que as pessoas tenham paz e prosperidade.
O 13° ODS afirma que é preciso tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos, enquanto o 2° ODS fala em combater a fome, buscar a segurança alimentar e promover a agricultura sustentável. Além da conservação da biodiversidade do Cerrado, o modelo de agrofloresta é também uma alternativa de geração de renda para as populações em situações de vulnerabilidade econômica e ambiental.
Diversidade da fauna – Os resultados da agrofloresta garantem não só a conservação, mas também a restauração do Cerrado, com o resgate de paisagens, proteção de cursos da água e interação entre fauna e flora. Outro benefício proporcionado pela agrofloresta é a atração de polinizadores como abelhas, que são indispensáveis para a perpetuação das espécies, e a conservação da biodiversidade local. A agrofloresta também atrai pássaros, como os tucanos, que se alimentam de bananas, e caititus, que consomem mandioca, além de antas, cachorros do mato e tatus.
Conservação do Cerrado – Aproximadamente 80% da área de 32 mil hectares do Legado Verdes do Cerrado é composta por Cerrado nativo. A Reserva tem como principal preocupação a conservação e restauração do bioma local. Conhecido como berço das águas, o Cerrado é um ecossistema que necessita de cuidados e, por isso, iniciativas como a do LVC de trabalhar com a agrofloresta são fundamentais para contribuir com a proteção da vida, da água e da biodiversidade no planeta.
O avançado estado de conservação do Legado Verdes do Cerrado possibilita coletar sementes em nosso próprio território, ofertando diversidade genética de espécies e propiciando a alta qualidade das mudas produzidas no Centro de Produção de Biodiversidade, seja para a agrofloresta, seja para os projetos de restauração. O LVC tem ainda como prioridades as pesquisas científicas voltadas para a conservação do bioma.
Difusão da tecnologia social – Com o objetivo de fomentar ainda mais os Sistemas Agroflorestais (SAFs) para a regeneração de áreas degradadas, o Legado Verdes do Cerrado desenvolveu projeto em parceria com o Instituto Tiradentes, escola local que ministra um curso técnico de agropecuária com ênfase em agroecologia. O principal propósito foi a difusão da tecnologia social entre os produtores rurais, estimulando a discussão da produção agrícola sustentável no Brasil, um tema que ainda é um desafio social e ambiental. Durante a parceria, foram capacitados 25 jovens.
Sobre o Legado Verdes do Cerrado
O Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 80% da área composta por cerrado nativo, é uma área de 32 mil hectares da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, uma das empresas investidas no portfólio da Votorantim S.A. A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois núcleos. No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de Niquelândia/GO. Nele está a sede do Legado Verdes do Cerrado onde, em 23 mil hectares, são realizadas pesquisas científicas, ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; enquanto 5 mil hectares são áreas dedicadas à pecuária, produção de soja e silvicultura. O núcleo Santo Antônio Serra Negra, com 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua área margeada pelo Lago da Serra da Mesa. (Assessoria de imprensa)