Levantamento divulgado pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) mostra que a cogeração de energia deve superar em 2022 a marca de 20 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Ao todo 22 plantas novas devem operar este ano no Brasil, somando 807 megawatts (MW). Essa potência seria adicionada aos atuais 19,7 GW, equivalentes a 10,8% da matriz elétrica. Nos últimos cinco anos, o segmento cresceu 350 MW por ano, em média — o último salto foi em 2015, quando superou 1 GW. Até 2026, a expectativa é de que mais 2,35 GW entrem em atividade. Segundo a Cogen, o bagaço de cana é o principal insumo representando 60,6% do total. Hoje, são 3,2GW de capacidade instalada em operação comercial, mas o potencial é de mais de 7GW elétricos e 17,9GW térmicos. No entanto, a maior parte de cogeração atualmente é para atender ao consumo próprio, para a autoprodução. Então, existe a possibilidade de fazer cogeração com a disponibilidade de recursos existentes, de forma a superar a autoprodução e, assim, comercializar o excedente. “No Brasil temos em torno de 380 usinas de açúcar e etanol, e em média 240 usinas que exportam energia para a rede elétrica. Se todas as usinas que geram energia para autoprodução passassem por um retrofit, trocando caldeiras e turbinas, por exemplo, a capacidade de exportar energia para o sistema cresceria em até 5 vezes”, afirma Leonardo Santos Caio Filho, Diretor de Tecnologia e Regulação da COGEN .
Cogeração de energia no Brasil ainda longe do que poder render
Canal-Jornal da Bioenergia