Comissão de cana-de-açúcar da Faeg faz balanço positivo do setor

A Comissão de Cana-de-açúcar e Bioenergia da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) fez um balanço do ano de 2015 e projeções para 2016. Os produtores também destacaram alguns pontos que os incomodaram durante este ano, em especial problemas de inadimplência com fornecedores arrendantes de terras para usinas em Goiás.

Sobre este gargalo, os produtores propuseram entrar com recursos que suspendam os benefícios fiscais das empresas em caso de inadimplência, sobretudo quando estão em recuperação judicial. O entrave deles, segundo Edson Novaes, gerente de assuntos técnicos e econômicos da Faeg, é que quando se entra neste estado judicial, que é um último fôlego para evitar a falência, não se pode tirar nenhum subsídio.

A ideia, conforme discutido pelos produtores e pelo presidente da Comissão, Alexandre Sardinha, é criar um projeto de lei que possa amenizar a situação. “Só no setor da cana-de-açúcar, em Goiás, há quase cinco usinas nessa situação. Nos outros setores deve haver muito mais. Esta medida atenderá toda a cadeia produtiva”, explicou.

Os produtores têm se reunido para tratar deste assunto. Em dezembro, a pauta recorrente era a Usina Anicuns S/A Álcool e Derivados, que, segundo eles, não têm cumprido as medidas estabelecidas em contrato, além da falta de pagamento a quem arrenda suas terras. Medidas políticas também já vinham sido decididas desde o início do mês.

Sardinha pontua que a união entre Federação e produtores é benéfica e pede para que, no ano seguinte, os laços se estreitem ainda mais.

Os produtores comemoraram a continuação de um representante goiano no cargo máximo da Comissão de cana-de-açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a participação ativa no andamento dos projetos de produção de etanol de milho no estado, que envolve grãos e cana. Durante este ano, também comemorou-se um significativo avanço no projeto Faeg Seguros para a cana. “Conseguimos aumento nos valores dos prêmios pagos por hectare ao produtor, em caso de sinistros, e também a continuidade da carteira de negócios no estado”, contou Sardinha.

Além disso, está a todo vapor a articulação em Brasília para implementar o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que contempla a cana nos moldes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Até então a Embrapa estava alheia ao ABC”, informou Sardinha. Os produtores discutiram a necessidade de se fazer pesquisas imparciais em sua área de produção e, alinhados à Embrapa, poderão ter mais visibilidade em todo o estado. “Vamos rodar as regiões, fazendo pesquisas de respaldo”, disse. A interferência da empresa, segundo eles, também trará novas tecnologias para as lavouras de cana-de-açúcar.

Planejamento

Para 2016, deseja-se mais envolvimento das associações e ainda mais aproximação com a Federação. “Vejo que a comissão trabalha muito em prol dos produtores e isso me inspira muito”, afirmou o produtor Wesley Rodrigues. “O maior erro é se distanciar das entidades”, alegou Sardinha, que salientou a importância do encontro e a discussão das atividades realizadas em 2015. “Vamos colar na Faeg, cobrar e participar”, finalizou. Canal com dados da Faeg

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