Representantes da indústria sucroenergética estiveram com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Brasília, nesta quarta-feira, para discutir medidas que possam ser adotadas pelo governo federal no sentido de dar mais competitividade ao etanol brasileiro. O Forum Nacional Sucroenergético (FNS) e a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético (FPS) apresentaram sugestões como taxação da importação de etanol em 17% e a diferenciação tributária entre o biocombustível e a gasolina. O encontro, realizado no Palácio do Planalto, foi liderado pelo deputado Sérgio Souza, presidente da FPS, por André Rocha, presidente do Forum Nacional Sucroenergético (FNS) e representantes da Unica e outros parlamentares. O deputado federal Sérgio Souza, em entrevista à Agência Estado, disse que com o fim da desoneração do PIS/Cofins a partir de 31 de dezembro de 2016, os produtores de cana passaram a ter um custo de R$ 120,00 por metro cúbico de etanol fabricado ante os R$ 48,00 pagos anteriormente e que por isso, o etanol passa por dificuldades.
Outra questão que vem sendo defendida pelo setor sucroenergético é a necessidade de garantir uma concorrência mais leal entre o biocombustível de cana-de-açúcar e a gasolina. No caso, seria a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, imposto mais conhecido como Cide, considerado estratégico para manter a competitividade do etanol quando o preço do combustível fóssil baixa em função de oscilações no mercado internacional. Os empresários do setor defendem um aumento da atual alíquota cobrada sobre cada litro de combustível fóssil de R$ 0,10 para R$ 0,60. Segundo os técnicos do setor, isso traria benefícios econômicos toda a cadeia produtiva do setor. Outro ponto positivo é que geraria um aumento do consumo do biocombustível em detrimento da gasolina, com consequente redução de emissões de poluentes. Os defensores da medida alegam ainda que não haveria impactos na inflação.
Canal-Jornal da Bioenergia