Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 27 de outubro apontam redução de 1,5% na geração e consumo de energia elétrica no país, quando comparados com o mesmo período de 2014. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Em outubro, a análise do desempenho da geração aponta a entrega de 63.138 MW médios de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A geração das usinas hidráulicas teve um incremento de 1,3% com 44.016 MW médios produzidos no mês e representatividade de 69,7% em relação a toda energia gerada no país, índice 1,9 ponto percentual superior ao registrado em 2014. Houve também aumento na geração eólica com 3.357 MW médios produzidos em outubro, 53,4% a mais do registrado durante o mesmo período do ano passado.
O consumo de energia elétrica, no mês, alcançou 61.003 MW médios com redução tanto no mercado cativo (ACR), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, quanto no Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual os consumidores compram energia diretamente dos fornecedores. O consumo cativo registrou 46.622 MW médios, uma queda de 0,7%. Já os agentes livres consumiram 14.381 MW médios, montante 4% inferior ao registrado em outubro de 2014.
Entre os segmentos industriais que adquirem energia no Ambiente de Contratação Livre (ACL), os setores de extração de minerais metálicos (+13,1%), químico (+1,8%), alimentício (+0,4%) e de telecomunicações (+0,4%) elevaram o consumo. As maiores baixas, no entanto, foram registradas entre os ramos de veículos (-18,8%), têxtil (-14,8%), manufaturados diversos (-10,5%) e bebidas (-9,5%).
Já entre agentes autoprodutores, ou seja, empresas que investem em usinas próprias devido à grande demanda por eletricidade, a análise aponta aumento de 25,7% na geração e queda de 3,3% no consumo em outubro. Os setores de transporte (-16,1%), metalurgia e produtos de metal (-15,5%) e minerais não-metálicos (-5,7%), foram os que mais contribuíram com a redução no índice de consumo. Apesar da redução geral, companhias que atuam nos segmentos químico (+26%), extração de minerais metálicos (+14,6%) e de serviços (+4,3%) mantiveram a alta no consumo em relação a outubro do ano anterior.
O InfoMercado semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) gerem, na quinta semana de outubro, o equivalente a 92,2% de suas garantias físicas, ou 42.761 MW médios em energia elétrica.
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