Com aumento do consumo e tarifas em alta, especialistas apontam o uso da Inteligência Artificial como ferramenta essencial para controle e eficiência energética
O crescimento da demanda energética no Brasil tem pressionado o orçamento das famílias e empresas, afetando o comércio e a indústria. A correlação entre aumento da temperatura média e maior consumo de eletricidade ficou evidente nos últimos anos, impactando desde contas residenciais até grandes setores da economia.
Segundo estimativas, uma família que consumia 200 kWh/mês em 2022 pagava cerca de R$ 131,20 mensais na conta de luz. Com o aumento médio de consumo ao longo dos últimos anos, esse custo pode chegar a R$ 164,00 mensais, reduzindo a renda disponível para outras despesas essenciais e afetando diretamente o comércio e o setor de serviços.
Renato Paes, CTO da SIPREMO e CEO da Dardo, empresa que resolve problemas por meio do levantamento de dados, fez um levantamento que demonstra omo a variação de temperatura influencia o consumo de energia, destacando que períodos de maior calor coincidem com picos de demanda elétrica. A relação entre temperatura média e consumo residencial cativo é confirmada por um coeficiente de determinação (R² ≈ 0,61), sugerindo que aproximadamente 61% da variação no consumo pode ser atribuída às mudanças climáticas.
“Se olharmos para a economia de forma integrada, o aumento das tarifas de energia não impacta apenas quem paga a conta, mas toda a cadeia de consumo e produção. Empresas que dependem da previsibilidade dos custos operacionais precisam adotar soluções baseadas em dados para otimizar seus gastos energéticos”, afirma Renato Paes
A Inteligência Artificial surge como aliada na busca por eficiência energética. Com algoritmos preditivos, é possível analisar variáveis climáticas e padrões de consumo para otimizar o uso de eletricidade, evitando desperdícios e reduzindo custos. Além disso, sensores inteligentes e automação podem auxiliar no gerenciamento da demanda, evitando picos de consumo que elevam os preços da energia.
“O futuro da gestão energética passa pelo uso inteligente dos dados. Empresas que investirem em tecnologia para prever e controlar o consumo de energia estarão mais preparadas para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e oscilações econômicas”, comenta Paes.
O impacto do consumo excessivo de energia também se reflete na economia do estado de São Paulo, onde aproximadamente 13 milhões de pessoas são responsáveis diretas pelo pagamento das contas de eletricidade. Um aumento médio de R$ 30 a R$ 50 nas tarifas pode significar um impacto direto de até R$ 650 milhões por mês na economia, reduzindo o consumo em setores como varejo, comércio e serviços.
Além disso, o aumento da energia elétrica pode ter reflexos na taxa de desemprego, uma vez que empresas do setor industrial e de serviços, que pagam tarifas elevadas, podem ser forçadas a reduzir contratações ou postergar investimentos.
Para evitar colapsos econômicos e garantir maior previsibilidade no consumo elétrico, a adoção de ferramentas tecnológicas baseadas em Inteligência Artificial é uma solução viável. O uso estratégico da IA pode permitir uma gestão mais eficiente da energia, reduzindo custos, evitando desperdícios e garantindo um fornecimento mais estável tanto para consumidores individuais quanto para grandes empresas.
“Quando paramos e olhamos minimamente para alguns cenários como esse que trouxemos, percebemos que a Inteligência Artificial pode desempenhar um papel fundamental na mitigação dos impactos do aumento do consumo de energia, tanto para consumidores individuais quanto para empresas e governos”, conclui Paes. (Assessoria de Comunicação Dardo)