O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) definiu que, a partir de junho de 2019, a mistura será de 11%, subindo um ponto percentual por ano, a partir dos meses de março, até chegar a 15% em 2023. Com isso, existe uma expectativa de que próximos anos, a produção passará dos atuais 5,5 bilhões de litros de biodiesel para 9,5 bilhões em 2023. O setor poderá ser impulsionado, ainda, pela chamada demanda autorizativa, que é o consumo acima do mínimo exigido pelo governo, com percentuais variados, que podem ir de 20% a 30%, ou até mais, dependendo da atividade. As grandes frotas nos centros urbanos, onde os níveis de poluição são elevados, também poderão estar na mira das distribuidoras. Estas vão se adaptar às exigências específicas do setor. Há ainda uma demanda que deverá vir com a regulamentação do Renovabio. Segundo Daniel Furlan, da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), a regulamentação das metas tem tudo pra trazer um incentivo para o setor. A mudança da mistura de 11% começa em junho do próximo ano. De janeiro a agosto, o aumento na produção de biodiesel foi de 26%. Os dados são do Ministério de Minas e Energia e apontam para a possibilidade deste tipo de combustível representar 44% da matriz energética brasileira até o final do ano – um ponto percentual a mais do que em 2017, quando 43% da matriz energética do país eram derivadas de matéria-prima renovável.
O Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás lideram o ranking na produção do biodiesel no país. Esses estados produziram 25 milhões de barris nos primeiros nove meses de 2018.
Canal-Jornal da Bioenergia