A demanda global por etanol deve chegar a 200 bilhões de litros até 2033, e para o biodiesel a previsão é de 79 bilhões de litros. A análise é da Chem Analyst. No mundo todo, o etanol tem 59% de sua produção derivada do milho, 24% da cana-de-açúcar, 6% de melaços, 2% de trigo, e os 9% restantes de grãos variados, mandioca e beterraba. Já o biodiesel é proveniente, principalmente, de óleos vegetais (65%), como óleo de palma, soja e colza, seguido por 27% de óleos de cozinha reutilizados e 8% de óleos não comestíveis e gordura animal. Aqui no Brasil, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP) são 359 usinas de etanol (com capacidade de produção de 31 milhões de m3), 60 plantas de biodiesel (capacidade de 6 milhões de m3) e 6 instalações de biometano (capacidade de 58 milhões de m3).
Produção de etanol em crescimento
De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), a produção de etanol no Brasil, considerando a cana-de-açúcar (primeira e segunda geração) e o milho, pode atingir 48 bilhões de litros até 2034, com um crescimento anual de 3,8% em relação a 2022. Com isso, a geração de eletricidade a partir do bagaço de cana, pode atingir a 5,8 GW médios até 2034.
No caso do etanol de milho, o crescimento segue elevado, com um aumento de 58% no ano passado. Neste ano, a produção deve crescer cerca de 25%, atingindo aproximadamente 7,8 bilhões de litros. Além disso, há projeções de que a produção possa alcançar entre 13 e 15 bilhões de litros até 2032. Esse crescimento é impulsionado por novos investimentos e pela expansão das usinas de etanol de milho, especialmente na região Centro-Oeste.